sexta-feira, 8 de julho de 2016

EVANGELHO DO DIA 8 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 10,16-23. Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas.Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações.Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer;porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós.O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
Comentário do dia: 
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir 
Os benefícios da paciência 
«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos» 
Salutar é o preceito de Nosso Senhor e Mestre: «aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo». Ele diz ainda: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á» (Jo 8,31). É preciso suportar e perseverar, irmãos bem amados. Assim, admitidos na esperança da verdade e da libertação, podemos chegar a esta verdade e a esta liberdade, porque, se somos cristãos, é por obra da fé e da esperança. Mas, para que a esperança e a fé possam dar fruto, é necessária a paciência. [...]Que não trabalhemos pois na impaciência, que não nos deixemos abater no caminho do Reino, distraídos e vencidos pelas tentações. Não jurar, não maldizer, não reclamar o que nos é tirado à força, dar a outra face, perdoar aos irmãos todos os seus defeitos, amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem: como chegaremos a fazer tudo isto se não formos firmes na paciência e na tolerância? É o que vemos em Estêvão. [...] Ele não pede a vingança, mas o perdão para os seus algozes: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (Act 7,59). Assim, o primeiro mártir de Cristo [...] não foi apenas o pregador da paixão do Senhor, mas também o imitador da sua extrema doçura. Quando o nosso coração é habitado pela paciência, não pode haver aí lugar para a cólera, a discórdia e a rivalidade. A paciência de Cristo expulsa tudo isso, para construir no coração uma morada pacífica onde o Deus da paz tem gosto em habitar.

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