quinta-feira, 8 de outubro de 2015

EVANGELHO DO DIA 8 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’. Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos já nos deitámos; não posso levantar-me para te dar os pães’. Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra, e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja 
Compêndio de teologia 
Convém ao homem rezar
Segundo o projecto providencial de Deus, Ele deu a tudo o que existe o meio de alcançar a sua conclusão como convém à sua natureza. Os homens também receberam, para obter o que esperam de Deus, um meio adaptado à condição humana. Esta condição quer que o homem se sirva da oração para obter de outrem o que espera, sobretudo se aquele a quem se dirige lhe é superior. É por isso que é recomendado aos homens rezarem para obterem de Deus aquilo que esperam receber dele. Mas a necessidade de implorar é diferente conforme se trate de obter algo de um homem ou de Deus. 
Quando a súplica se dirige a um homem, tem de exprimir primeiro o desejo e a necessidade de quem implora. É preciso também que dobre, até o fazer ceder, o coração daquele a quem implora. Ora estes elementos não têm lugar na oração feita a Deus. Ao rezar, não temos de nos preocupar em manifestar os nossos desejos ou as nossas necessidades a Deus, pois Ele tudo conhece. Assim, o salmista diz ao Senhor: «Todos os meus desejos estão diante de Ti» (Sl 37,10). E lemos no Evangelho: «Vosso Pai sabe que tendes necessidade de tudo isso» (Mt 6,8). Não se trata de dobrar, por palavras humanas, a vontade divina, levando-a a querer o que não queria, porque está dito no livro dos Números: «Deus não é como um homem, para mentir, nem filho de Adão, para mudar» (23,19). 

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