terça-feira, 8 de abril de 2014

Santa Júlia Billiart, virgem, fundadora, +1816

Maria Rosa Júlia Billiart (Picardia, 12 de Julho de 1752 - Namur, 8 de Abril de 1816) foi beatificada pelo Papa Pio X em 1906 e canonizada por Paulo VI em 1969. Fundou a Congregação de Notre-Dame de Namur (Bélgica). Júlia sempre precisou trabalhar, já que sua família passava por dificuldades económicas, como a maioria das famílias camponesas da época. Mesmo com todas as suas ocupações, sempre procurava tempo para visitar os enfermos e os abandonados, ajudava-os e orava por eles. Um dia, quando ainda nem tinha vinte anos, enquanto trabalhava com seu pai, um indivíduo disparou uma espingarda contra este e ela ficou com uma paralisia nas pernas, devido ao enorme choque emocional que teve. Suportou esta doença por 22 anos e foi depois milagrosamente curada. Em 1790, devido à Revolução Francesa, teve que fugir, perseguida pelas autoridades, devendo trocar de residência constantemente. Os sofrimentos agravaram de tal forma o seu problema que chegou a perder a fala por alguns meses. Em 1793 teve um visão. Aos pés de uma cruz, ela viu um grupo de mulheres vestindo roupas estranhas e escutou uma voz que dizia: "Eis as filhas que te darei num Instituto que será marcado com a minha cruz." No fim do tempo do Terror, mudou-se para Amiens, onde recobrou a fala e conheceu Maria Luísa Francisca Blin de Boudon, mulher muito inteligente e culta, Viscondessa de Gézaincourt, que seria sua amiga íntima e colaboradora. Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora, com o apoio do padre jesuita Joseph Varin. O fim do instituto era o cuidado espiritual de crianças e formação de catequistas. Foi a primeira congregação religiosa sem distinções entre os seus membros. O facto de ter recuperado a saúde em 1804 permitiu-lhe consolidar e expandir a sua obra: foram inaugurados os conventos de Namur, Gante e Tournai. Madre Júlia passou os últimos sete anos de sua vida em Namur, formando as religiosas e fundando novas casas. Morreu a 8 de Abril de 1816, enquanto recitava o Magnificat e fazia as suas preces à sua protectora, a mártir Santa Júlia.

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