O nome deriva do grego Κλεοπατρα (Kleopatra), composto da κλεος (kleos) "glória", e πατρος (patros) "do pai": portanto o significado é “glória do pai". Este nome deve sua popularidade a Cleópatra VII, a rainha do Egito amante de Júlio Cesar e depois de Marco Antônio.
O Martirológio Romano na sua última edição não menciona santa ou beata com este nome, porém o nome está presente na tradição da Igreja e a Bibliotheca Sanctorum contém duas santas com este nome.
Uma, dita “viúva, é recordada no dia 19 de outubro; uma segunda, dita “de Tessalonica” nos Martirológios bizantinos é recordada em 1º de setembro.
A Santa Cleópatra viúva egípcia é ligada ao culto do mártir São Varo. Ela e seu filho São João vieram da aldeia de Edras, atual Daraa, Síria, e foram contemporâneos do mártir São Varo
No tempo de Maximiano Valério (250-310), imperador, o soldado Varo se interessou pela sorte de alguns eremitas do Egito que haviam sido aprisionados em decorrência da perseguição contra os cristãos. Varo ia confortá-los, o que o declarava cristão, e tomado de fervor, como ocorreu a Santo Antônio de Pádua diante dos Mártires de Ceuta, expressou o desejo de unir-se a eles. Foi assim condenado imediatamente à flagelação, morrendo em 307. No dia seguinte os seis eremitas também morreram martirizados por Cristo.
O culto de São Varo e dos seis eremitas é pouco conhecido no Ocidente, foi Barônio que os inseriu no Martirológio Romano no dia 19 de outubro. A moderna edição do Martirológio menciona: “No Egito, São Varo, soldado, que, sob o imperador Maximiano, enquanto visitava e confortava seis santos eremitas encarcerados, desejou tomar o lugar de um sétimo que morrera no eremitério e, assim, padecendo juntamente com eles os cruéis suplícios, alcançou a palma do martírio”.
Conta-se que, tomada por compaixão, uma piedosa cristã de nome Cleópatra, viúva de um oficial romano, trouxe o corpo de Varo para sua casa, onde o enterrou. Após o fim das perseguições, conseguiu retornar a Edra, levando o corpo do mártir, colocando-o num túmulo, próximo ao Monte Tabor, em torno do qual a comunidade cristã local passou a se reunir buscando sua intercessão.
Devido aos numerosos peregrinos que vinham venerar a relíquia do Santo mártir, Santa Cleópatra decidiu erigir uma pequena igreja sobre o túmulo.
Tendo seu filho crescido, ela desejou que ele fosse militar como seu pai. Ele deveria partir para Roma, onde o imperador lhe daria um posto, mas antes Cleópatra quis que ele a auxiliasse na conclusão da edificação da capela. Com grandes festas a capela foi inaugurada, mas João faleceu na noite seguinte, Cleópatra muito chorou sua morte e o enterrou junto à relíquia de São Varo.
Tendo seu filho crescido, ela desejou que ele fosse militar como seu pai. Ele deveria partir para Roma, onde o imperador lhe daria um posto, mas antes Cleópatra quis que ele a auxiliasse na conclusão da edificação da capela. Com grandes festas a capela foi inaugurada, mas João faleceu na noite seguinte, Cleópatra muito chorou sua morte e o enterrou junto à relíquia de São Varo.
Após a morte de João, Cleópatra o viu em um sonho com São Varo, sob a figura de um menino. São Varo a consolava e dizia que rezava por seus parentes pagãos e que seu filho fora salvo. Segundo o Prólogo de Ocrida, São Varo aparecia frequentemente para Cleópatra resplandecente como um anjo.
A Santa viveu ainda sete anos; após ter distribuído seus bens aos pobres e passar seu tempo em oração e jejum, Santa Cleópatra faleceu e foi sepultada na mesma igreja que erigira, junto aos Santos Varo e João.
Ela é recordada com São Varo no dia 19 de outubro.
Fontes: www.santiebeati.it/
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