Nasceu em Inglaterra em 1991 numa família italiana, mas cedo regressou a Itália. Uma leucemia fulminante levou-o à morte, em 2006, tendo sido sepultado na cidade de Assis, por seu desejo e devoção a S. Francisco.
A sua mãe conta que o filho sabia muito de computadores, lia textos de engenharia informática e deixava todos admirados pelos seus conhecimentos nesta área que punha ao serviço do voluntariado e utilizava para ajudar os seus amigos. “A sua grande generosidade levava-o a interessar-se pelos outros: os estrangeiros, os deficientes, as crianças, os mendigos. Estar perto do Carlo era estar junto de uma fonte de água fresca”, diz a mãe.
Aos sete anos fez a sua primeira comunhão e desde então nasceu nele um profundo amor pela Eucaristia. Era para ele a sua “autoestrada para o Céu”, dizia. Sobre a vivência da fé do filho, a sua mãe, Antónia, testemunha: “O meu filho, desde pequeno, e sobretudo depois da sua Primeira Comunhão, nunca faltava à missa diária e à oração do rosário, seguidos por um momento de adoração eucarística”.
Adotou o infinito como meta para a sua vida. “A nossa meta deve ser o infinito, não o finito. O Infinito é a nossa Pátria. O Céu espera-nos desde sempre”, repetia o adolescente. Aos onze anos, escreveu: “Quanto mais Eucaristias recebermos, mais nos pareceremos com Jesus e ainda nesta terra desfrutaremos do Paraíso!” Esta paixão levou-o a investigar tudo o que se relacionava com a Eucaristia, especialmente os milagres eucarísticos. E conseguiu convencer os pais para que o levassem aos lugares onde tinha acontecido algum desses milagres reconhecidos pela Igreja.
Na exortação apostólica dedicada aos jovens, o Papa Francisco aponta-o como exemplo dizendo que “ele soube usar as novas técnicas de comunicação para transmitir o Evangelho, para comunicar valores”. E cita a frase do jovem beato, “todos nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias” para exortar: “Não deixes que isto te aconteça”.
Fátima foi um dos santuários que o jovem visitou. No início de um biénio dedicado pela Diocese de Leiria-Fátima à Eucaristia, o agora beato Carlo Acutis é um exemplo e um estímulo para descobrirmos e vivermos este encontro que Cristo proporciona aos seus fiéis e o dom que lhes oferece para uma vida de elevada qualidade humana e divina, isto é, santa.
Foi beatificado em Assis, no dia 10 de outubro de 2020
(texto do Pe. Jorge Guarda, in facebook)
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