sábado, 2 de agosto de 2025

Santo Estêvão I Papa Dia da festa: 2 de agosto

Estêvão, Papa desde o ano 254, foi caridoso com os cristãos, que haviam renegado a Jesus, no tempo das perseguições, mas contrário ao costume de rebatizar os fiéis, que voltavam à fé depois das heresias. Faleceu em 257, como mártir, segundo a tradição, quando Valeriano perseguia a Igreja.
Romano, papa de 12 de março de 254 a 2 de agosto de 257, foi sepultado no Cemitério de Calisto, na Via Ápia, e transferido por Paulo I, em 17 de agosto de 761, para San Silvestro in Capite. Era muito caridoso com os Libellatici (cristãos que, durante as perseguições, obtiveram de um magistrado um panfleto atestando que haviam sacrificado a ídolos, embora isso não tivesse ocorrido). Opôs-se firmemente ao rebatismo de convertidos de heresia; estabeleceu que as vestes sagradas deveriam ser usadas apenas na igreja. A "Passio" que o concerne e o chama de mártir quase certamente atribui os feitos de seu sucessor, São Sisto II, como seus. 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Calisto, Santo Estêvão I, Papa, que, para afirmar claramente o princípio de que a união batismal dos cristãos com Cristo se realiza apenas uma vez, proibiu que aqueles que pretendiam recorrer à plena comunhão com a Igreja fossem batizados novamente. Ele era originário de Roma, e seu pai era Júlio. Nada mais se sabe sobre sua família. Ele foi eleito para o papado como sucessor de Lúcio I durante o reinado de Valeriano (ca. 253-260), que por um tempo deixou os cristãos em paz, que já se agitavam por conta própria. Havia o problema de como tratar os lapsi ("caídos"), isto é, aqueles cristãos que, durante um período de perseguição, haviam cedido por medo e que, mais tarde, arrependidos, pediram para serem acolhidos de volta: um amargo campo de batalha entre rigoristas e indulgentes. Depois, houve dois bispos na Espanha, Basílides e Marcial, que negaram a Cristo durante uma perseguição: agora, os fiéis estavam dispostos a aceitá-los, mas apenas como simples crentes. E esses homens, por outro lado, queriam até mesmo seus bispados de volta, chegando ao ponto de enganar o Papa Estêvão, que concordou com eles, enfurecendo os fiéis da Espanha e até mesmo os do Norte da África, com o grande Cipriano, bispo de Cartago. Outro ponto de discórdia: o chamado "batismo de hereges". Eram seguidores das muitas seitas da época que então pediam para entrar (ou retornar) à Igreja. Em Roma e em outras partes do mundo cristão da época, esses arrependidos eram acolhidos de volta sem a necessidade de um segundo batismo. Na África, porém, um segundo batismo era exigido; eles não consideravam o "batismo herético" válido (e também é verdade que, em certas comunidades separadas da Igreja, nem todos batizavam estritamente "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo": alguns até inseriam outros nomes na fórmula). Outro espinho no breve e conturbado pontificado de Estêvão. A Igreja, na época, não tinha uma teologia completa dos sacramentos; e Santo Agostinho ainda não havia aparecido para esclarecer a todos que a graça sacramental provém unicamente de Cristo. Cipriano explicou sua recusa, e Estêvão reiterou a posição de Roma, mas a justificou apenas com seu próprio costume. O conflito tornou-se feroz, mas em 257 toda a Igreja foi submetida à perseguição de Valeriano, que se transformou em um regime severo para manter o Império unido na guerra contra a Pérsia. Naquele mesmo ano, o Papa Estêvão morreu; mas não há evidências de seu martírio, além das anotações no Sacramentário Gregoriano e no Martirológio de São Jerônimo. Seu corpo foi sepultado no cemitério de São Calisto e, posteriormente, transferido para Santa Prassede. No ano seguinte, a perseguição chegou à África, onde Cipriano morreu por sua fé, decapitado em sua Cartago natal. 
Autor: Domenico Agasso 
Fonte: Família Cristã

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