Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo".
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem,
para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.
Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?
E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».
Tradução litúrgica da Bíblia
Santo Hilário (c. 315-367)
bispo de Poitiers,
doutor da Igreja
Comentário a Mateus, 4, 27
«Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»
«Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo"». Com efeito, a Lei exigia o amor ao próximo, mas permitia odiar o inimigo. A fé, pelo contrário, prescreve o amor aos inimigos e, através do sentimento universal da caridade, destrói os movimentos de violência que há no espírito do homem, não apenas impedindo a cólera de se vingar, mas apaziguando-a até nos fazer amar aquele que não tem razão. Amar os que nos amam é próprio dos pagãos: toda a gente gosta de quem gosta de si. Mas Cristo chama-nos a viver como filhos de Deus e a imitar Aquele que, pelo advento do seu Cristo, concede, tanto aos bons, como aos culpados, o sol e a chuva nos sacramentos do batismo e do Espírito. Forma-nos assim para a vida perfeita através deste laço de bondade para com todos, chamando-nos a imitar o Pai do Céu, que é perfeito.
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