terça-feira, 1 de junho de 2021

EVANGELHO DO DIA 1 DE JUNHO

Evangelho segundo São Marcos 12,13-17
Naquele tempo, foram enviados a Jesus alguns fariseus e partidários de Herodes para O surpreenderem no que dissesse. Aproximaram-se e disseram: «Mestre, sabemos que és sincero e não Te deixas influenciar por ninguém, pois não fazes aceção de pessoas, mas ensinas com sinceridade o caminho de Deus. É lícito ou não pagar o tributo a César? Devemos pagar ou não?». Mas Jesus, conhecendo a sua hipocrisia, respondeu-lhes: «Porque Me armais esse laço? Trazei-Me um denário para Eu ver». Eles trouxeram-no e Jesus perguntou-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Eles responderam: «De César». Então Jesus disse-lhes: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». E eles ficaram muito admirados com Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Tertuliano (155-220) teólogo 
A ressurreição dos mortos,5-6 
«De quem é esta imagem?» 
Na constituição do mundo, «tudo foi feito pelo Verbo e sem Ele nada foi feito» (Jo 1,3). É também a Palavra de Deus que opera na criação do homem, dado que sem ela nada foi feito. Com efeito, Deus começou por dizer: «Façamos o homem»; mas, para exprimir a superioridade desta criatura sobre todas as outras, deu-lhe forma com a sua própria mão; por isso, está dito que «Deus modelou o homem» (Gn 2,7). Diz a Escritura que Deus modelou o homem com o barro da terra. Ainda era apenas barro, e já a palavra «homem» é pronunciada. Que honra prodigiosa para o lodo, esse nada, a de ser tocado pelas mãos de Deus! Não teria bastado esse simples contacto para Deus formar o homem? Contudo, ao vermos Deus trabalhar esta lama, compreendemos que se trata de uma obra extraordinária: as mãos de Deus trabalharam, amassaram, estenderam e deram forma a esta lama, que se foi enobrecendo a cada impressão das mãos divinas. Podemos imaginar Deus ocupado, aplicado inteiramente nesta criação, com as mãos, o espírito, a atividade, o conselho, a sabedoria, a providência e sobretudo o amor a orientarem-Lhe o trabalho! É que, neste lodo que amassava, Deus entrevia já Cristo, que um dia seria homem como este lodo: Verbo feito carne, como esta terra que Ele tinha entre as mãos. É este o sentido desta primeira palavra do Pai a seu Filho: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança» (Gn 1,26). Deus modelou o homem à imagem de Deus, quer dizer, segundo Cristo. Este lodo que assumia a imagem de Cristo, tal como Se manifestaria na sua incarnação futura, não era somente obra de Deus, era também uma garantia de Deus.

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