Evangelho
segundo S. Marcos 6,30-34.
Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e
contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um
pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem
tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades,
acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela
gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas
coisas.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars
Pensées Choisies du Saint Curé d'Ars
Antes de mais, ensinar
Meus filhos, a Palavra de Deus não é coisa
pouca! As primeiras palavras de Nosso Senhor aos seus apóstolos foram: «Ide
ensinar», para nos fazer ver que o ensino é a primeira prioridade. Como foi que
conhecemos a nossa religião? Através do ensino que ouvimos. De onde nos vem o
horror ao pecado, o que nos fez perceber a beleza da virtude e nos inspirou o
desejo do Céu? Foi o ensino. Meus filhos, porque há pessoas tão cegas e tão ignorantes? Porque não fazem
caso algum da Palavra de Deus. Uma pessoa instruída tem sempre recursos. Mesmo
que se perca por todo o tipo de maus caminhos, podemos sempre ter a esperança
de que, mais cedo ou mais tarde, voltará para o seio do bom Deus, ainda que
seja apenas à hora da morte. Ao passo que uma pessoa que não tem instrução
acerca das verdades da sua religião é como um doente em agonia: não conhece a
grandeza do pecado nem a beleza da sua alma, nem o preço da virtude; anda de
pecado em pecado. Uma pessoa instruída tem sempre dois guias à sua frente: o
conselho e a obediência.
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