Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’.
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus.
João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 167; CCL 248, 1025, PL 52, 636
«João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele»
João Baptista ensina com palavras e com actos. Verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre, mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos actos é a única regra daquele que quer instruir. A instrução pelas palavras é sabedoria; mas quando passa pelos actos é virtude. Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então é divina e não humana. [...] «Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia. Dizia: "Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu"» (Mt 3,1-2). «Convertei-vos.» Também podia dizer: «Rejubilai.» «Rejubilai antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre. O Reino dos Céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do mundo, converte-te. Tu que fugiste da liberdade que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado, converte-te. Converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a Vida, te entregaste à morte.
João Baptista ensina com palavras e com actos. Verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre, mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos actos é a única regra daquele que quer instruir. A instrução pelas palavras é sabedoria; mas quando passa pelos actos é virtude. Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então é divina e não humana. [...] «Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia. Dizia: "Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu"» (Mt 3,1-2). «Convertei-vos.» Também podia dizer: «Rejubilai.» «Rejubilai antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre. O Reino dos Céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do mundo, converte-te. Tu que fugiste da liberdade que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado, converte-te. Converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a Vida, te entregaste à morte.
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