Frutuoso de Tarragona foi um religioso cristão hispânico-romano. Ocupando o cargo de Bispo, foi martirizado junto com os diáconos Eulógio e Augúrio.
O martírio
Foi queimado vivo no anfiteatro de Tarragona, durante a perseguição aos cristãos decretada pelos imperadores romanos Valeriano e Galério. Foram os primeiros mártires sobre os quais há consistência documental na História do Cristianismo na Espanha, através de um testemunho de seu martírio escrito por uma testemunha verdadeira. Também há testemunho epigráfico em uma lápide achada em 1895 por uma missão arqueológica francesa.
Ano jubilar 2008-2009
O ano 2008-2009, como motivo dos 1750 anos do martírio, foi declarado ano jubilar para a Arquidiocese de Tarragona pelo papa Bento XVI[3].
Ele é considerado o primeiro bispo de Tarragona.
Santos Frutuoso, Augúrio e Eulógio
No dia 21 de janeiro, a Igreja celebra o martírio de São Frutuoso, bispo e seus diáconos Augúrio e Eulógio, mártires do século IV. Estes santos da Igreja foram os primeiros mártires cristãos em território espanhol sobre os quais há consistência documental na história do cristianismo na Espanha.
Frutuoso e seus diáconos morreram em nome da fé em Cristo, sendo queimados vivos no anfiteatro de Tarraco (nome de Tarragona na época de domínio do Império Romano) em meio à perseguição aos cristãos decretada pelos imperadores romanos Valeriano e Galério.
Durante o governo do governador romano Emiliano, no domingo, 16 de janeiro de 259 foram presos Frutuoso, bispo, Augúrio e Eulógio, diáconos.
Tendo o Bispo Frutuoso se recolhido em seu quarto, entraram em casa os oficiais do pretório. Ele ouviu os passos e imediatamente se levantou e se dirigiu a eles, embora calçasse somente sandálias.
Os soldado disseram: - Venha, pois o governador vos chama com seus diáconos.
Frutuoso respondeu: - Vamos, permiti-me, porém de calçar os sapatos.
Os soldado responderam: Calça-os, se quiser.
Chegando ao lugar, imediatamente os aprisionaram. Frutuoso, porém, seguro e alegre pela causa da coroa do Senhor que lhe era destinada, rezava incessantemente. Os irmãos não o abandonavam, levando-lhe os alimentos e suplicavam que os mantivesse em seus pensamentos.
Lá transcorreram sei dias antes de comparecer para depor, no dia 21 de janeiro.
O Governador Emiliano disse a Frutuoso: - Sabe o que os imperadores comandaram?
Frutuoso respondeu: - Ignoro o que eles comandaram, eu sou cristão!
O governador Emiliano disse: - Comandaram de adorar os deuses.
Frutuoso afirmou: - Eu adoro o único Deus, criador do céu, da terra e do mar, e de todas as coisas que existem.
Emiliano insistiu: - Não sabe então que existem os deuses?
Frutuoso disse: - O ignoro.
Emiliano o advertiu: - O saberá com certeza daqui a pouco.
Frutuoso elevou seu olhar ao Senhor e começou a rezar em silêncio.
O governador Emiliano exclamou: - A estes sim que ele faz caso, a este sim que ele teme, a este sim que ele adora, no lugar de dar culto aos deuses e adorar as estátuas dos imperadores! O governador Emiliano se dirigiu a Augurio: - Não siga as palavras de Frutuoso.
Augurio disse: - Eu adoro o Deus todo-poderoso.
O governador disse a Eulógio: - Por acaso você adora Frutuoso?
Eulogio distinguiu: - Não, eu não adoro Frutuoso, mas adoro aquele mesmo que Frutuoso adora!
O governador Emiliano si dirigiu a Frutuoso: - Você é bispo?
Frutuoso disse: - Sim, sou!
Sentenciou Emiliano: - Você o foi! E ordenou de queima-los vivos.
De pé diante da porta do anfiteatro, pronto para aceder à coroa incorruptível mais que ao suplício, na presença dos soldados encarregados da tarefa, assim que eles e os nossos irmãos o pudessem ouvir, Frutuoso, inspirado pelo Espírito Santo que falava pela sua boca, disse:
- Jamais vos faltará um pastor nem falhará a promessa do Senhor, agora e no futuro. O que Vocês veem, nada mais que uma simples fraqueza passageira.
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