Um velho adágio dizia: “Errando, aprendemos...” O erro pode ser uma excelente escola para aquele que consegue ver e analisar seu próprio erro e o erro dos outros.
Não é só o erro que ensina. No mundo atual, podemos perceber valores nos acontecimentos, pois a vida é uma mestra e podemos aproveitar todas as lições que ela nos passa dia a dia.
A humanidade não começou a existir ontem; a história está cheia de lições boas e ruins e feliz é quem consegue descobrir pela análise esses valores. Com essa bagagem podemos formar nosso substrato cultural, religioso, político e social.
Lamentavelmente há aqueles que pensam que são os únicos, que tudo sabem e não precisam de ninguém, sua opinião é o definitivo. Não necessitam da experiência de ninguém, não se interessam pelos caminhos já trilhados por outros e não aceitam os valores mais elementares da relação humana. Que nome poderíamos dar a essas pessoas?
É mais feliz quem inteligentemente percebe a idade do mundo, sabe seu próprio tamanho, por isso aproveita a experiência, a sabedoria, o bom senso, os valores que outros tiveram. E mesmo nos erros é possível descobrir a face positiva das situações.
No campo da ciência temos de aceitar o progresso já feito, os caminhos já andados, porque a ciência se impõe matematicamente. Mas no campo dos valores éticos, morais e religiosos, cada um se acha suficiente para elaborar seu próprio código de normas e a relação de valores. Daí nascem os conflitos em que se vive hoje. Essas pessoas não percebem que elas vieram e, como tantas, também vão passar e não são elas que vão ditar normas para a vida do mundo e no mundo. Algumas pessoas existem e existiram, são e foram uma verdadeira bênção para todos, mas algumas são mesmo uma verdadeira desgraça.
Às vezes penso como seria bom se pudéssemos encontrar essas pessoas já na velhice para um bom bate-papo. Será que tiveram capacidade de se transformar ou de perceber como foram ridículas achando-se o “umbigo” do mundo? Será que foram felizes ou simplesmente foram esquisitos e infelizes. O caso é que a história se repete, mudando-se apenas as roupagens.
É muito mais eficiente quem é humilde e aproveita as experiências dos outros para construir sua vida. Certamente vai deixar-nos um rastro luminoso e novas pistas para vivermos também a nossa vida com mais acerto e com mais felicidade. Esse sempre terá o que nos dizer e o que diz possui um valor inestimável.
Mais que os livros, a vida é mestra e nos ensina a não nos repetirmos nos erros dos outros e a não percorrermos caminhos inviáveis. Podemos ser originais, mas não cretinos.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
EDITORA SANTUÁRIO
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