quarta-feira, 2 de setembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 2 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 4,38-44. 
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela. Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias. Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura dele e, tendo-O encontrado, queria retê-lo, para que não os deixasse. Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do Reino de Deus, porque para isto fui enviado». E pregava pelas sinagogas da Judeia. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Venerável Madaleine Delbrêl 
(1904-1964) 
Missionária das pessoas da rua 
«Onde quer que estejamos» 
O deserto das multidões 
A solidão, meu Deus, não é estarmos sós, é Vós estardes lá, pois, na vossa presença, tudo se torna morto ou se torna Vós.
Seremos suficientemente crianças para pensar que toda esta gente é suficientemente grande, suficientemente importante, suficientemente viva para nos bloquear o horizonte quando olhamos para Vós?
Estar só não é ter ultrapassado os homens, ou tê-los deixado; estar só é saber que Vós sois grande, ó meu Deus, que só Vós sois grande, e que não há grande diferença entre a imensidão dos grãos de areia e a imensidão das vidas humanas. 
A diferença não afeta a solidão, pois aquilo que torna estas vidas humanas mais visíveis aos olhos da nossa alma, mais presentes, é esta comunicação que têm de Vós, é a sua prodigiosa semelhança com o Único que é. 
Não censuremos o mundo, não censuremos a vida por nos velar a face de Deus. Quando a encontrarmos, será esta face a velar e absorver todas as coisas.
Pouco importa o lugar que ocupamos no mundo, pouco importa que ele esteja povoado ou despovoado, onde quer que estejamos, «Deus connosco», onde quer que estejamos, somos um Emanuel.

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