quinta-feira, 29 de maio de 2025

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,16-20. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me». Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: "Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me", e ainda: "Eu vou para o Pai"?». E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer». Jesus percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: "Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me". Em verdade, em verdade vos digo: chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Maria Eugénio do Menino Jesus 
(1894-1967) 
Carmelita, fundador de Notre Dame de Vie 
O mistério da Igreja 
Envolvidos no movimento do amor de Cristo 
A plenitude de Cristo desce sobre cada um de nós, e recebemos a sua graça, que nos torna participantes da sua filiação divina e dos consequentes privilégios: como Ele, somos filhos e herdeiros do Pai, com Ele, somos sacerdotes e reis. A nossa participação em Cristo não é meramente recetiva, é ativa. Tendo subido para o Pai, Cristo enviou a Igreja ao mundo, tal como o Pai O tinha enviado a Ele, a pregar, batizar e salvar. A vida que Ele difunde é amor. Este amor, por ser difusivo, está sempre em movimento para novas conquistas; e aqueles que se deixam invadir por esse amor são arrastados nesse movimento e tornam-se instrumentos da sua ação, canais da vida que ele difunde. É o que faz a Igreja, da qual Cristo é a cabeça: «É por Ele que o corpo inteiro, coordenado e unido por meio de todas as junturas, opera o seu crescimento orgânico, segundo a atividade de cada uma das partes» (Ef 4,16). É este o projeto de Deus, que, apesar de todos os obstáculos, se vai realizando progressivamente ao longo dos séculos; esta é a grande realidade, o facto que domina a história dos povos e do mundo, que é o fim e a razão de todas as coisas. E assim, quando Cristo inteiro tiver atingido o «estado de homem perfeito, à medida de Cristo na sua plenitude» (Ef 4,13), a figura deste mundo passará, dando lugar à realidade desse mesmo Cristo, no qual Deus «mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o principado, poder, virtude e soberania», e no qual cumpriu o seu desígnio, pondo-O «como cabeça de toda a Igreja, que é o seu corpo» e garantindo «a plenitude daquele que preenche tudo em todos» (Ef 1,20-23).

Nenhum comentário:

Postar um comentário