A Irmã Bernardina Maria Jablonska nasceu no dia 5 de agosto de 1878, na pequena aldeia de Pizuny em Narol, na Diocese de hoje de Zamoœæ Lubaczów. A beleza de sua paisagem nativa teve uma grande influência em sua mente sensível e ajudou a formar uma personalidade gentil e propensa à graça de Deus. Viva, inteligente, cheia de alegria, cresceu cercada pelo amor dos pais, permanecendo por um longo tempo única filha. Seus pais eram pequenos proprietários respeitados e estimados pelos seus vizinhos. Como a escola ficava distante de sua casa, os pais confiaram-na a professores particulares. Aos 15 anos, sua infância feliz foi subitamente interrompida pela morte de sua mãe. A menina mudou completamente, ela se sentiu sozinha e perdida, evitava a companhia de seus parentes, se apartava buscando a solidão. A mãe, profundamente religiosa, teve uma grande influência sobre a filha, transmitindo-lhe de um modo especial a veneração do Santíssimo Sacramento e a afeição filial à Mãe de Deus. Morta a mãe terrena, com todo o ardor do seu coração jovem agarrou-se à Mãe celeste. Uma capela pequena na borda da floresta, com uma imagem da Imaculada, onde a menina sempre levava buquês de flores silvestres, tornou-se o local favorito de suas meditações. Lá, ela confiou a Maria os problemas de sua jovem vida. Além disso, ela dedicava muito tempo à adoração do Santíssimo Sacramento na igreja de Lipsk, onde ela tinha sido batizada. Ela lia muito, especialmente a vida dos santos.
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A Beata com suas coirmãs |
Em 23 de maio de 1984, a Congregação das Irmãs Albertinas apresentou a Cúria Arquidiocesana de Cracóvia, nas mãos do Cardeal Franciszek Macharski, um pedido para iniciar o processo de informação sobre a Irmã Bernardina Jablonska. Ao mesmo tempo, seus restos mortais foram transferidos do cemitério para a Igreja de Ecce Homo de Cracóvia, que também abriga as relíquias de Santo Alberto. Em 25 de abril de 1986, a documentação foi enviada à Roma e já no dia 3 de maio de 1986 o processo de canonização foi aberto formalmente na Congregação para as Causas dos Santos, em Roma. A segunda etapa do processo foi o anúncio do decreto sobre o heroísmo de vida e das virtudes da Serva de Deus Irmã Bernardina, em 17 de dezembro de 1996. No dia 6 de junho de 1997, João Paulo II a proclamou Beata em Zakopane durante sua viagem apostólica à Polônia.
A espiritualidade e a santidade de Irmã Bernardina
Irmã Bernardina tinha herdado de seus pais duas qualidades de caráter muito importantes que desenvolveu ao longo de toda a vida e alcançou uma dimensão rara. De sua mãe herdou uma bondade delicada e do pai uma vontade forte e determinada. Quando Deus predestina alguém para uma missão extraordinária geralmente concede a capacidade inata que predispõe maravilhosamente para a tarefa. A vida dos santos é expressa em duas direções: a vida interior e a atividade exterior, as proporções são mantidas. Na base da vida interior da Irmã Bernardina, bem como de suas atividades, encontramos amor e sofrimento. Nosso Senhor a provava, mas ela manteve suas promessas. Em troca deste imenso sacrifício Ele lhe deu a capacidade de amar com amor misericordioso toda miséria humana na medida do Seu Coração Divino. Ela rezava intensamente, especialmente à noite, porque durante o dia estava envolvida nas atividades da Congregação e com os pobres. Ela passava muitas horas diante do SSmo. Sacramento da Eucaristia, que era o objeto de seu amor constante de quem obtinha a sua força. Ela estimulava as Irmãs a fazer visitas frequentes à capela dizendo que “o Prisioneiro Divino não pode ficar sozinho”. Em seus diários ela escreveu assim: “Jesus - Hóstia Santíssima: Que felicidade para mim! Oh! Se eu pudesse ficar aos Seus pés séculos inteiros. Gostaria de ficar com o Senhor aqui, neste vale de lágrimas, até o dia do julgamento – permanecer aos pés do altar, amá-Lo, não deixá-Lo sozinho, e compensá-Lo e viver a sua vida. Lamento que Ele vai ficar aqui sozinho quando eu não mais estarei aqui”. Nosso Senhor tinha dado a ela uma alma muito sensível às belezas da natureza, nas quais ela facilmente se encontrava Seus traços, por isso ela gostava tanto de ficar na ermida de Zakopane. Ali derramava no papel suas meditações revelando os segredos de sua alma. Ela escreveu, entre outras coisas: “Me impressionou muitíssimo a beleza de Deus que chamava a minha alma para mundos desconhecidos... Deus e Deus, somente Deus, para sempre! Amo a oração; as noites silenciosas sob o céu aberto são a minha felicidade. Amo a natureza que eleva a minha mente e o meu coração a Deus. Te adoro, Senhor, nas rajadas do vento, nas névoas brumosas da manhã e no crepúsculo que avança. Te adorarei até o fim de nossos dias, que também são teus. Oh, como é belo o nosso Senhor em um dia ensolarado, como é belo no azul do céu, como é maravilhoso no turbilhão de vento, como é poderoso no murmúrio do riacho, quão grande é Deus em suas obras!”
A fundadora e a vocação da Congregação
Foram tempos difíceis, a Congregação foi empobrecida por causa das guerras, havia muitas pessoas desabrigadas, muitos deficientes e órfãos. O Irmão Alberto havia falecido deixando a obra sem estabilidade jurídica, sem constituições escritas, sem a aprovação formal das autoridades da Igreja. Após sua morte, em 1916, a difícil tarefa passou para a Irmã Bernardina, que começou a trabalhar com empenho para alcançar estes objetivos. As constituições que ela escreveu de joelhos refletem fielmente o ideal de Frei Alberto. Elas foram aprovadas pelas autoridades da Igreja sem alterar a seção sobre a pobreza. Isso aconteceu em 1926, 10 anos após a morte de Santo Alberto Chmielowski e após um longo período de oração e diversas atividades intensas de Irmã Bernardina, que fielmente guardava este legado precioso. A estabilidade jurídica do Instituto obtida pela Irmã Bernardina, as Constituições e seu desenvolvimento dinâmico, tudo isso levou a considerá-la como fundadora da Congregação das Irmãs Albertinas.
Fonte: www.santiebeati.it
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