Evangelho segundo São Mateus 13,24-30.
Naquele tempo, Jesus disse às multidões mais esta parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se embora.
Quando o trigo cresceu e começou a espigar, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram dizer-lhe: "Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem então o joio?".
Ele respondeu-lhes:"Foi um inimigo que fez isso". Disseram-lhe os servos: "Queres que vamos arrancar o joio?".
"Não!", disse ele, "não suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis também o trigo.
Deixai-os crescer ambos até à ceifa e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em molhos para queimar; e ao trigo, recolhei-o no meu celeiro"».
Tradução litúrgica da Bíblia
Concílio Vaticano II
Decreto sobre o apostolado dos leigos
(Apostolicam Actuositatem, § 2)
Depois de enviar os Doze (Lc 9,2), Jesus enviou os setenta e dois.
A Igreja nasceu para tornar todos os homens participantes da redenção salvadora e, por eles, ordenar efetivamente a Cristo o universo inteiro, dilatando pelo mundo o seu reino, para glória de Deus Pai. Toda a atividade do Corpo místico que a este fim se oriente chama-se apostolado. A Igreja exerce-o de diversas maneiras, por meio de todos os seus membros, já que a vocação cristã é também, por sua própria natureza, vocação ao apostolado. Do mesmo modo que num corpo vivo nenhum membro tem um papel meramente passivo, mas antes, juntamente com a vida do corpo, também participa na sua atividade, assim também no Corpo de Cristo, que é a Igreja, todo o corpo «cresce segundo a operação própria de cada um dos seus membros» (Ef 4,16). Mais ainda: é tanta neste corpo a conexão e coesão dos membros (cf Ef 4,16), que se deve dizer que não aproveita nem à Igreja nem a si mesmo aquele membro que não trabalhar para o crescimento do corpo, segundo a própria capacidade.
Existe na Igreja diversidade de funções, mas unidade de missão. Aos Apóstolos e seus sucessores, confiou Cristo a missão de ensinar, santificar e governar em seu nome e com o seu poder. Mas os leigos, dado que são participantes do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, têm um papel próprio a desempenhar na missão de todo o Povo de Deus, na Igreja e no mundo: exercem, com efeito, apostolado com a sua ação para evangelizar e santificar os homens e para impregnar e aperfeiçoar a ordem temporal com o espírito do Evangelho; deste modo, a sua atividade nesta ordem dá claro testemunho de Cristo e contribui para a salvação dos homens. E, sendo próprio do estado dos leigos viver no meio do mundo e das ocupações seculares, eles são chamados por Deus para, cheios de fervor cristão, exercerem como fermento o seu apostolado no meio do mundo.
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