terça-feira, 17 de setembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 17 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 7,11-17. 
Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade. Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores». Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ambrósio(c. 340-397) 
bispo de Milão, doutor da Igreja 
Comentário sobre o Evangelho de Lucas,V,89;SC45 
As lágrimas de uma mãe 
A misericórdia de Deus curva-se perante o pranto desta mãe. Ela é viúva, e o sofrimento e a morte do seu filho único abalaram-na profundamente. […] Dir-se-ia que esta viúva, rodeada por uma multidão, é mais do que uma simples mulher que, pelas suas lágrimas, alcança a ressurreição do seu filho único. Ela é a imagem da Santa Igreja, que, pelas suas lágrimas, seguindo no cortejo fúnebre até ao túmulo, consegue chamar à vida os jovens deste mundo. […] Porque pela palavra de Deus os mortos ressuscitam (Jo 5,28) e reencontram a sua voz; e a mãe recupera o seu filho, que é resgatado do túmulo e arrancado ao sepulcro. Este túmulo é a vossa má conduta, o vosso túmulo é a falta de fé. […] Cristo liberta-vos deste sepulcro; saireis do túmulo se escutardes a palavra de Deus. E se o vosso pecado for tão grave que as lágrimas da vossa penitência não consigam lavá-lo, que intervenha por vós o pranto da vossa mãe, a Igreja. […] Ela intercede por cada um dos seus filhos como se fossem todos filhos únicos. Com efeito, ela é cheia de compaixão e sente uma dor espiritual muito maternal quando vê os seus filhos arrastados para a morte pelo pecado.

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