quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 3 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. João 1,29-34.
Naquele tempo, João Baptista viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É d’Ele que eu dizia: ‘Depois de mim vem um homem, que passou à minha frente, porque era antes de mim’. Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim batizar na água». João deu mais este testemunho: «Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e permanecer sobre Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou a batizar na água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é que batiza no Espírito Santo’. Ora, eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), 
carmelita, mártir, co-padroeira da Europa 
As núpcias do Cordeiro, 14/09/1940
«Eis o Cordeiro de Deus»
No Apocalipse, o apóstolo João vê «um Cordeiro. Estava de pé, mas parecia ter sido imolado» (Ap 5,6). [...] À beira do Jordão, João Batista tinha designado Jesus como «o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo». O apóstolo João compreendeu estas palavras e compreende agora esta imagem. Aquele que noutros tempos caminhava à beira do Jordão e que Se lhe mostrara de veste branca, com olhos de fogo e com a espada do juiz, Ele que é «o Primeiro e o Último» (Ap 1,17), tinha cumprido com verdade tudo aquilo que os ritos da Antiga Aliança esboçavam simbolicamente. Quando, no dia mais santo e mais solene do ano, o sumo-sacerdote penetrava no Santo dos Santos, o lugar tremendamente santo da presença divina, tinha tomado previamente dois bodes: um para carregar os pecados do povo, a fim de os levar para o deserto, e o outro para aspergir com o seu sangue a tenda e a arca da aliança (Lv 16). Era o sacrifício pelos pecados oferecido pelo povo. [...] A seguir, fazia um holocausto para e por todo o povo, e mandava queimar totalmente os restos da vítima de expiação. [...] Era um dia solene e santo, este dia da Reconciliação. [...] Mas qual era o motor desta reconcilicação? Não era o sangue dos animais imolados nem o sumo-sacerdote da descendência de Aarão, como observa [...] a carta aos Hebreus (8-9). Era o último sacrifício da reconciliação, aquele que estava prefigurado em todos os sacrifícios prescritos pela Lei, e era o «sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec» (Sl 110,4). [...] Este era também o verdadeiro Cordeiro pascal, por causa do qual o anjo exterminador passara diante das casas dos hebreus, atingindo apenas as dos egípcios (Ex 12,23). O próprio Senhor o tinha dado a entender aos seus discípulos quando comeu o cordeiro pascal com eles pela última vez e Se deu a Si mesmo a eles em alimento. 

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