PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO, REDENTORISTA Vice-Postulador da Causa Venerável Padre Pelágio Redentorista |
Nos dramas sempre há quem faz o papel do traidor. É aquele personagem asqueroso que logo no início desperta antipatia na platéia. É aquele que se esgueira furtivamente e se esconde nos ângulos escuros para espreitar a vítima. Também na Paixão de Jesus houve esse personagem nojento leva-e-traz que, em troca de dinheiro, ia contar aos inimigos tudo quanto sabia do seu Mestre. Esse personagem vendido e vil chamava-se Judas Iscariotes.Os santos evangelhos, em referencias esparsas permitem-nos traçar o perfil desse “filho da perdição” do qual disse Jesus que “melhor lhe fora não ter nascido”. Uma das facetas que transparecem nos relatos é sua avareza e ganância pelo dinheiro...Foi esta ganância que o fez jogar a última cartada de sua vida, quando disse aos sumos sacerdotes:
-“Quanto me dão, e eu o entregarei...”.
Contentou-se com trinta moedas de prata. Por tão pouco? Talvez o lucro maior de Judas fosse, ficar livre desse Homem em torno do qual tivera tantas desilusões...Desde então procurava a ocasião mais propícia para o entregar aos inimigos sem fazer alarde.
A ocasião mais oportuna lhe pareceu quando Jesus celebrava a Ceia Pascal com seus discípulos...Em certa altura da Ceia, não suportando mais aqueles olhares de hiena que o devoravam, Jesus pediu para ele se retirar:
-“O que tens a fazer, faze-o logo”.
Quando Judas deixou o cenáculo, era noite na terra e no seu coração. Noite cerrada e impermeável onde o farol da divina misericórdia procurava em vão penetrar também.
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