sexta-feira, 11 de abril de 2025

Sinforiano Ducki Religioso capuchinho, Mártir, Beato (1888-1942)

Religioso capuchinho polaco, 
vítima da barbárie nazista. 
Morto no campo de concentração de Auschwitz.
Beato Sinforiano Ducki nasceu no dia 10 de Maio de 1888 em Varsóvia. Os seus pais chamavam-se Julião Ducki e Mariana Lenardt. No baptismo, celebrado no dia 27 de maio, recebeu o nome Félix (Feliks). Quando criança frequentou a escola elementar na sua cidade natal. Em 1918, quando os Capuchinhos regressaram ao seu Convento, donde foram expulsos durante a perseguição Czarista de 1864, Félix apresentou-se como um aspirante à vida da Ordem Capuchinha, juntando-se a eles. No dia 9 de maio de 1920, depois de dois anos de prova, entrou no noviciado em Nowe Miasto, com o nome de Sinforiano. Terminado o ano do noviciado, dedicou-se ao serviço dos irmãos nos Conventos de Varsóvia, de 27 de maio de 1924 até à sua profissão solene que ocorreu no dia 22 de maio de 1925. Em Varsóvia, exerceu o ofício de irmão esmoleiro empenhando-se, sobretudo, em recolher donativos para a construção do Seminário Menor de São Fidelis. De carácter sociável, simples, cortês e amistoso, conquistava com facilidade a amizade das pessoas e conseguia novos amigos para a Ordem. Não obstante a sua vida muito activa entre as pessoas, não perdeu o espírito de oração devota e fervorosa. Era conhecido e estimado pelos habitantes da capital. Ao começar a Segunda Guerra Mundial, preocupou-se com que não faltasse o necessário, até que, no dia 27 de Junho de 1941, a Gestapo prendeu todos os Capuchinhos do Convento da capital. No início, Frei Sinforiano foi internado na prisão de Pawiak, e, depois, no dia 3 de Setembro, no Campo de concentração de Auschwitz. De compleição física robusta, sente mais que os outros a fome e as perseguições, tudo suportando em silêncio. A pouca quantidade de comida dada pelos alemães, realmente, não satisfazia nem uma quarta parte das necessidades do organismo de um homem normal. Depois de sete meses estava condenado a morrer lentamente. Uma noite, enquanto os alemães tinham começado a matar brutalmente os prisioneiros, partindo-lhes a cabeça à paulada, Frei Sinforiano afrontou-os fazendo sobre eles o sinal da Cruz. A testemunha ocular – seu companheiro de prisão, Czeslaw Ostankowich, declara que foi golpeado na cabeça com um pau, caindo ao chão. Pouco depois, com a pouca força que lhe restava, volta a fazer o sinal da cruz. Foi nesse preciso momento que o assassinaram. Era o dia 11 de Abril de 1942. A morte de Frei Sinforiano pôs fim à tremenda execução que os alemães estavam a perpetrar, e uma quinzena de prisioneiros salvou-se graças à sua intervenção. Estes carregaram com grande veneração os restos mortais de Frei Sinforiano, juntamente com outros, no carro que os levaria até ao forno crematório. Com o seu martírio, Sinforiano demonstrou grande heroísmo, confessou a sua fé na Santíssima Trindade e salvou a vida a muitos companheiros. No dia 26 de Março de 1999, o Papa João Paulo II inscreveu-o no Catálogo dos Mártires. 

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