São Gerlach (também conhecido sob os nomes de Gerlachus, Gerlac de Valkenberg, Gerlache) é um eremita holandês do Século XII, falecido por volta de 1170. Ele é particularmente venerado na aldeia de Sint Gerlach, parte do vilarejo de Houthem, na comunidade holandesa de Valkenburg aan de Geul. Sua festa é em 5 de janeiro.
Sua vida e lenda tornaram-se conhecidas por um documento escrito por volta de 1227, a Vita Beati Gerlaci Eremytæ. Gerlach era soldado, oficial do Imperador germânico, libertino e malfeitor. Ele era casado. Após a morte de sua esposa, ele se tornou cristão, e um cristão essencialmente piedoso. Logo no início (da sua conversão) ele peregrinou a Roma, onde fez uma confissão geral de seus pecados ao Papa Eugênio III. Em seguida, este Papa o enviou a Jerusalém, a fim de cuidar dos doentes, o que ele fez durante sete anos.
Ao retornar à Holanda, Gerlach doou aos pobres tudo o que possuía e isolou-se num carvalho oco, que lhe serviu de eremitério, próximo a Houthem. Lá, ele se alimentava de pão misturado a cinzas, e ia todo dia, em peregrinação, a Maastricht, à Basílica de Saint Servais.
Monges vizinhos desejavam vê-lo integrar seu monastério, sobretudo porque eles acreditavam que Gerlach era muito rico e escondia seu tesouro justamente na cavidade da árvore onde ele vivia. O bispo local ordenou, então, que o carvalho fosse abatido. Quando eles se deram conta de que não havia tesouro algum escondido, o bispo mandou que a árvore fosse cortada em pranchas e que, com elas, fosse construído um novo eremitério para Gerlach.
As pessoas da vizinhança já o consideravam como um santo, e Gerlach era também beneficiado com a proteção de grandes personagens, como Hildegarde de Bingen.
Havia um poço de cuja água Gerlach ia beber. Reza a lenda que, quando ele havia cumprido penitências suficientes, essa água transformou-se em vinho, sinal de que seus pecados haviam sido perdoados.
Gerlach morreu por volta do ano 1170, e conta-se que os últimos sacramentos foram-lhe administrados pela alma de São Servais (Bispo de Tongres, 300-384 d.C.).
Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
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