segunda-feira, 4 de outubro de 2021

REFLETINDO A PALAVRA - “O Senhor é sempre fiel”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Não tenhais medo!
 
A esperança que anima o povo é respondida por Deus. A palavra de Deus ensina a não ter medo (Is. 35,4). “Não tenhais medo”! Não há o que temer, pois a salvação que Deus nos oferece superar todas as necessidades que temos. O profeta Isaias proclama um tempo maravilhoso: “Deus vem para salvar (4)... cheios de contentamento não mais conhecerão a dor e o pranto” (10). Há grandes mudanças prometidas por Deus, pois Ele é o Redentor. Quando clamamos vem, Senhor, vem nos salvar! (Sl 146) é porque temos confiança de que Deus vai solucionar as grandes dificuldades que passamos. O mundo sempre gemeu por um redentor que o aliviasse de todos os males. Deus responde a este anseio com a vinda de seu Filho Redentor. Não há que temer os males. O medo, porém, continua sendo a marca de nosso mundo. Como não ter medo se posso ser a próxima vítima? Quando acabar a guerra do Iraque, os “donos” do mundo não quererão fazer a guerra aqui para destruir e tomar posse? Como não ter medo, se as cidades são um campo de batalha? Mas é preciso vencer o medo com uma atitude corajosa de colocar alicerces para um mundo novo sonhado por Deus. Nossa missão é simples: ‘quem nos vê e se aproxima de nós vê que as promessas de Deus se realizam através de nós’. Assim abatemos o medo. Passamos a ser um esteio que dá segurança. 
Deus é fiel para sempre. 
As palavras bonitas que afirmam a ação de Deus que vem salvar podem permanecer um belo discurso. Tanta promessa e uma realidade que parece deteriorar-se sempre mais. A fidelidade de Deus não pode falhar. Deus não falha. Isaias promete e Jesus no evangelho, respondendo aos enviados de João que perguntavam se era Ele o Cristo, diz: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (Lc 4,4-6). Jesus é a resposta de Deus a toda esta esperança. Podemos dizer: Mas não vemos nada disso depois de 2.000 anos de sua vinda! Realmente parece verdade. Contudo, a Igreja continua a missão de Jesus. Se observarmos bem, muita coisa foi feita no correr dos séculos: Tantas obras e instituições de caridade foram criadas. A evangelização, mesmo com erros, levou a tantos povos a semente do Evangelho para a formação de um mundo novo. Os frutos estão aí. Deus é fiel. A gente tem que abrir os olhos e ver. 
João, a voz que clama. 
O fiel que assume sua fé assemelha-se a João Jesus nutria uma grande admiração pelo primo. Jesus tinha-o como uma fortaleza plantada no deserto. É o mensageiro de Deus, aquele que traz a notícia de que Deus age. João é apresentado como o maior (Mt 11,11) Contudo, o cristão que vive o reino é mais que ele, quer dizer, tem mais e maiores condições, porque já vive o Reino. Cada cristão é a voz que proclama pela vida e obras a presença de Deus com sua ação. Deus é fiel. Através de nossa fidelidade nós realizamos suas promessas e os aflitos “com alegria imensa brilhando no rosto, não mais conhecerão dor e o pranto” (Is 35,10)
  Leituras: Isaias 35,1-6.10; Salmo 146; 
Tiago 5,7-10; Mateus 11,2-11. 
Ficha: 1. A esperança que anima o povo é respondida por Deus que estimula a não ter medo. São tantas as promessas de tempos maravilhosos. Deus vai solucionar todos os problemas do mundo. Contudo, continuamos vivendo um tempo de medo e preocupações com tudo o que poderá acontecer. É preciso vencer o medo com uma atitude de colocar alicerces para o mundo novo sonhado por Deus. Assim, quem nos vê, vê que as promessas de Deus se realizam através de nós. 
2. Deus é fiel a suas promessas. Todas as promessas são belas palavras. Mas o Deus fiel, em seu Filho realiza as promessas. Por isso Jesus diz aos enviados de João: “Ide contar a João o que ouvistes e vistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (Lc 4,4-6). Nestes 2.000 anos a Igreja procurou tornar realidade estas promessas. Bata abrir os olhos para ver. 
3. João era uma figura fantástica. Jesus o admirava. Ele era o maior. Mas quem vive na fé em Jesus e em seu Reino, tem condições de ir mais longe que João. Através de nossa fidelidade nós realizamos suas promessas e os aflitos “com alegria imensa brilhando no rosto, não mais conhecerão dor e o pranto” (Is 35,10). 
Homilia do 3º domingo do Advento
EM DEZEMBRO DE 2004

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