Celebrando
o Natal estamos envolvidos por toda a força publicitária dos produtos
natalinos, das festas, das comidas especiais, das confraternizações de final de
ano, dos amigos secretos e de uma quantidade imensa de produtos oferecidos. É a
festa, a confraternização. O Papai Noel é o corifeu dessa dança. Papai Noel,
com as mudanças que os tempos trazem, é um bispo da cidade de Mira na Turquia.
A ele se atribuem muitos milagres de ajudar as pessoas, sobretudo às crianças.
Com o tempo passou à figura que temos atualmente. Ajuntam-se as tradições. Pena
que se focou muito o generoso que dá presente e se esqueceu que seu dom vem de
seu amor a Jesus que foi o presente que o Pai nos deu. Visitar o Papai Noel é
dar-lhe a verdadeira dimensão de evangelização que ele realiza ao ser bom e
generoso com todos. É um amigo de Jesus quando faz o bem. Fazer o bem já é ser
visitado por Jesus. Certamente que devemos evangelizar todas as realidades,
também as natalinas. Não se trata de tirar nada do bem que apresenta, mas
enriquecer como sentido mais profundo: “Ele veio para o que era seu... mas a
todos os que O receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1,11-12). Toda
celebração do Natal não termina com a virada do ano, mas se torna iluminadora
de nossas atividades. A benignidade de Deus, que nos ensina Paulo na missa de
Natal (Tt 2,11),
continua no correr do ano. Quando Deus visita seu povo Ele se dá como Dom:
Jesus. Conservamos o dom e o levamos para o dia a dia. O Natal passa, mas
permanece como espírito para todo ano.
1979.
O sentido profundo do dom
Temos
que perceber essa ligação entre o lado bom do Natal e a Vinda de Jesus. Ele é o
dom de Deus. A árvore de Natal tem um fruto precioso que é Jesus simbolizado
pelos presentes que ali estão. Jesus visita o Papai Noel e lhe oferece o
sentido do dom que são os presentes que se afloram na fraternidade que ilumina
o ano novo. Há muitos problemas e defeitos. O que nos interessa é o lado
positivo. Por menor que seja é maior que todos os males do mundo. Uma chama
tênue dá mais esperança que as densas trevas. Jesus nasceu em Belém. Ali
estavam Maria e José. Demorou tempo para Ele crescer e levar ao mundo a boa
notícia, Evangelho, que anunciamos. Não temos que temer diante de toda onda de
incredulidade e frieza espiritual que invade a sociedade. O que fazemos pode
incendiar o mundo. Ele mesmo disse: “Não temais, pequeno rebanho, pois foi do
agrado do Pai, dar-vos o Reino” (Lc 12,32). O dom de Deus será eficiente quando nós o tomamos
para nós. Deus quer depender de nós. Sempre nos dá suas riquezas.
Respeitosamente espera nossa correspondência. O dom aceito, se não é assumido,
não pode dar frutos. O mal impõe, Deus propõe.
1980.
Não destruir, fazer nascer
Chegamos a dizer que o Papai Noel
tomou o lugar de Jesus. Na prática, é o que vemos. O que na verdade podemos
fazer para restaurar a candura do berço de Belém, onde repousa o Deus
verdadeiro que se fez Homem? Basta continuarmos na meditação de Maria e José,
pois “ela conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos em seu coração” (Lc 2,19). Essa é a
atitude fundamental de quem quer construir. O coração é o laboratório onde se
aprofunda o conhecimento das coisas de Deus e as atitudes a serem tomadas para
que o mundo seja cada vez mais de Deus. Vamos, com Jesus, visitar o Papai Noel
com os olhos e o coração de Jesus ao nascer em Belém: ver o que há de bom em
nosso mundo e amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário