Evangelho
segundo S. Mateus 11,11-15.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Em verdade vos
digo que, entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João
Baptista. Mas o mais pequeno no reino dos Céus é maior do que ele.Desde os dias de João Baptista até agora, o reino dos Céus sofre violência e
são os violentos que se apoderam dele. Porque todos os profetas e a Lei profetizaram até João. É ele, se quiserdes compreender, o Elias que estava para vir. Quem tem ouvidos oiça».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
3.º Sermão para a Natividade de S. João Batista, 1-2
«João era uma lâmpada que
ardia e brilhava» (Jo 5,35)
Quando a Justiça soberana diz a Noé: «Tu
foste justo a meus olhos» (Gn 7,1), está a fazer um grande elogio à sua
justiça. É um sinal de um grande mérito, quando Deus assegura a Abraão que é
por causa dele que as suas promessas serão realizadas. [...] Que glória para
Moisés, quando Deus arde de zelo para o defender e confundir os seus inimigos
(Nm 12, 6s). [...] E que dizer de David, no qual o Senhor Se congratula por ter
encontrado um homem segundo o seu coração? (1Sam 13,13) E contudo, apesar da grandeza destes homens, nem entre eles nem entre os outros
«filhos de mulher», «nenhum foi maior que João Batista», segundo o testemunho
do Filho da Virgem. É verdade que as estrelas não têm todas o mesmo brilho
(1Cor 15,41) e que, no coro de santos astros que iluminaram a noite deste mundo
antes do nascer do verdadeiro Sol, alguns brilharam com uma luz admirável. No
entanto, nenhum deles foi maior e mais resplandecente que esta estrela da
manhã, esta lâmpada ardente e luminosa preparada por Deus para o seu Cristo (Sl
131,17). Primeira luz da manhã, estrela da aurora, precursor do Sol, ele
anuncia aos mortais a iminência do dia e grita aos que dormem «nas trevas e na
sombra da morte» (Lc 1,79): «Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos
céus» (Mt 3,2). É como se dissesse: «A noite está avançada, o dia aproxima-se;
rejeitemos pois as obras das trevas e revistamo-nos com as armas da luz» (Rom
13,12). «Desperta, tu que dormes, levanta-te do meio dos mortos, e Cristo
brilhará para ti (Ef 5,14).
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