PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO REDENTORISTA VICE-POSTULADOR DA CAUS VENERÁVEL PADRE PELÁGIO REDENTORISTA |
Era uma vez um monge que vivia entregue à oração e ao trabalho. Certo dia, quando estava lavando louça na cozinha, apareceu-lhe um anjo e disse:
-Meu bom irmão, Deus mandou-me avisá-lo que é tempo de ir para a eternidade.
- Agradeço ao Senhor que se lembrou de mim. Mas... como estás vendo, tenho ainda este monte de vasilhas para lavar. É possível atrasar um pouco minha viagem para a eternidade, até eu terminar este trabalho?
O mensageiro celeste olhou para ele com aquele olhar de anjo, sábio e indulgente:
-Está bem. Vou ver o que se pode fazer.
Passado algum tempo o anjo reapareceu.Desta vez o monge estava capinando o jardim. Adivinhou logo o que o anjo queria. Apontando para o mato que ainda faltava capinar, disse:
-Veja quanto capim para tirar, meu anjo. A eternidade pode esperar mais um pouco?
O anjo retirou-se, e o monge continuou recolhendo o mato cortado. Os dias se foram escoando. Certa tarde ele estava visitando os doentes no hospital. Tinha acabado de dar um copo d'água a um doente, quando o anjo surgiu na sua frente. O santo estendeu os braços, mostrando os muitos leitos que devia percorrer ainda. O anjo compreendeu tudo e se retirou sem dizer palavra...
Naquela noite o monge voltou cansado para o convento. Recolheu-se em sua cela e caiu exausto no duro leito. Deixou escapar então um desabafo:
-Senhor, podes mandar o teu anjo. Desta vez será bem-vindo. Estou pronto para ir.
Apenas terminara a prece, avistou o anjo em sua frente:
-Bom anjo, estou preparado para entrar na eternidade.
O mensageiro celeste olhou carinhosamente para o velho monge e disse:
-Onde pensas ter estado todo esse tempo?...
Para refletir: — A eternidade começa aqui na terra. Aqui levantamos seu alicerce.
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