Evangelho segundo S. Mateus 9,35-38.10,1.6-8.
Naquele
tempo, Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas,
pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao
ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas,
como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é
grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara». Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes
poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e
doenças. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo
caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus». Curai os enfermos,
ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de
graça; dai de graça.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
«A Missão do Redentor»
«A seara é grande»
Se olharmos superficialmente o nosso mundo,
ficaremos impressionados com muitos factos negativos, que podem conduzir-nos ao
pessimismo. Mas esse sentimento é injustificado, pois temos fé em Deus, Pai e
Senhor, na sua bondade e na sua misericórdia. À medida que nos aproximamos do
terceiro milénio da Redenção, Deus vai preparando para o cristianismo uma grande
Primavera que já se vê despontar. Na verdade, seja no mundo não cristão, seja no
mundo da cristandade antiga, os povos têm tendência para se aproximar
progressivamente dos ideais e dos valores evangélicos, tendência essa que a
Igreja se esforça por favorecer. Manifesta-se hoje entre os povos uma nova
convergência em torno desses valores: a recusa da violência e da guerra, o
respeito pela pessoa humana e pelos seus direitos, a sede de liberdade, de
justiça e de fraternidade, a tendência a ultrapassar os racismos e os
nacionalismos, a afirmação da dignidade da mulher e a sua valorização.
A esperança cristã dá-nos forças para nos comprometermos a fundo na
nova evangelização e na missão universal e leva-nos a rezar como Jesus nos
ensinou: «Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra
como no céu» (Mt 6,10).
Os homens que esperam Cristo são ainda em
número incalculável; os espaços humanos e culturais ainda não atingidos pelo
anúncio do Evangelho ou em que a Igreja não está presente são extremamente
vastos, a ponto de exigirem a união de todas as suas forças. Quando se prepara
para celebrar o Jubileu do ano 2000, toda a Igreja está ainda mais comprometida
num novo advento missionário. Devemos alimentar em nós a paixão apostólica de
transmitir aos outros a luz e a alegria da fé, e formar todo o povo de Deus para
este ideal.
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