sexta-feira, 22 de março de 2024

EVANGELHO DO DIA 22 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 10,31-42. 
Naquele tempo, os judeus agarraram em pedras para apedrejarem Jesus. Então Jesus disse-lhes: «Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?». Responderam os judeus: «Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar. É por blasfémia, porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus». Disse-lhes Jesus: «Não está escrito na vossa Lei: "Eu disse: vós sois deuses"? Se a Lei chama "deuses" a quem a palavra de Deus se dirigia, e a Escritura não pode abolir-se, de Mim, que o Pai consagrou e enviou ao mundo, vós dizeis: "Estás a blasfemar", por Eu ter dito: "Sou Filho de Deus"? Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis. Mas, se as faço, embora não acrediteis em Mim, acreditai nas minhas obras, para reconhecerdes e saberdes que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai». De novo procuraram prendê-lo, mas Ele escapou-Se das suas mãos. Jesus retirou-Se novamente para além do Jordão, para o local onde anteriormente João tinha estado a batizar, e lá permaneceu. Muitos foram ter com Ele e diziam: «É certo que João não fez nenhum milagre, mas tudo o que disse deste homem era verdade». E muitos ali acreditaram em Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Tomás Moro (1478-1535) 
Estadista inglês, mártir 
Tratado sobre a Paixão, 
Cristo amou-os até ao fim, 1.ª homilia
Cristo deu a vida pelos seus inimigos 
Meditemos profundamente no amor de Cristo, nosso Salvador, que «amou os seus até ao fim» (Jo 13,1), a ponto de, para seu bem, ter voluntariamente sofrido morte tão dolorosa, manifestando assim o maior amor possível. Porque Ele próprio tinha dito: «Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos» (Jo 15,13). Este é, sem dúvida, o maior amor que alguém jamais manifestou; e contudo, o nosso Salvador deu prova de um amor ainda maior, porque o fez tanto pelos seus amigos como pelos seus inimigos. Que diferença entre este amor fiel e as outras formas de amor, falso e inconstante, que encontramos no nosso pobre mundo! Quem poderá ter a certeza de, na adversidade, continuar a ter muitos amigos, se o próprio Salvador, quando foi preso, ficou só, abandonado pelos seus? Quando vos fordes embora, quem quererá ir convosco? Se fôsseis rei, o vosso reino não vos deixaria partir só, esquecendo-vos sem demora? A vossa própria família não vos deixaria partir, pobre alma abandonada e errante? Aprendamos, pois, a amar em todo o tempo como temos o dever de amar: a Deus acima de todas as coisas, e a todas as coisas por causa dele. Porque todo o amor que não se orienta para este fim – ou seja, para a vontade de Deus – é um amor vão e estéril. Qualquer amor que dediquemos a um ser criado que enfraqueça o nosso amor a Deus é um amor detestável e um obstáculo ao nosso caminho para o céu. Assim pois, uma vez que Nosso Senhor nos amou tanto pela nossa salvação, imploremos-Lhe assiduamente a sua graça, não vá acontecer que, em comparação com o seu grande amor, nos encontremos cheios de ingratidão.

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