sábado, 27 de abril de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Eu te consagrei profeta”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Missão difícil.
 
Jesus, o Profeta prometido por Deus (Dt 18,15), anuncia a Palavra em Nazaré e sofre a rejeição de seus conterrâneos. Ele fora ungido e consagrado pelo Espírito em seu batismo para a missão profética. O profeta Jeremias também foi consagrado como profeta, desde o seio materno. O profeta terá dificuldades e oposições. A acomodação dificilmente aceita mudanças. E se investe contra o proclamador da novidade do Reino. Ainda mais porque conhecem sua família e a Ele. Jesus foi recusado a ponto de quererem jogá-lo no precipício. Esse precipício, inexistente em Nazaré, significa eliminá-Lo. A proposta de Deus ao profeta Jeremias são as mesmas assumidas por Jesus. A dificuldade é verem naquele homem comum que eles conheciam, o Messias de Deus. Por isso repete o provérbio “médico, cura-te a ti mesmo”, que dizer: faça um milagre que tire este jeito humano de ser e mostre excelso Messias. Jesus insiste na adesão a Ele e a suas palavras pela fé. Diz ainda que o profeta que é rejeitado. O profeta prometido por Moisés em Deuteronômio 18, como Moisés, reclama os direitos de Deus. Esse é incômodo. Jesus cita o caso de Naaman que foi curado por Eliseu e a viúva de Sarepta que foi socorrida por Elias. Eram pagãos. E Jesus faz cura em Cafarnaum, cidade meio pagã. Com isso está mostrando a abertura do Reino a todos e o fechamento que há neles. A tentativa de aniquilá-lo é o desejo de livrar-se de sua incômoda profecia. Essa profecia está na leitura do domingo passado. Nela não há condenação dos pagãos pela vingança de Deus e libertação de todos os males dos sofredores. A acomodação na fé superficial é o que provoca a recusa dos profetas. Podemos usar até uma religião superficial para tapear a fé. 
Verdadeira caridade 
O anúncio da palavra pelo profeta tem como fundamento o amor de Deus derramado em seu coração. Esse anúncio é uma expressão do amor de Deus e tem que ser fundamentado nesse amor e feito no amor, como nos escreve Paulo em Coríntios 13. S. Agostinho descreve esse modo de compreender o amor: “O amor de Deus ocupa o primeiro lugar na ordem dos preceitos, mas o amor do próximo ocupa o primeiro lugar na ordem da execução” (Trac. 17,7-9). A pregação é a máxima caridade porque continua amor de redenção de Jesus Cristo, pois Deus quer que todos se salvem (1Tm 2,4). A caridade deve penetrar a vida do profeta. Todos são chamados a serem profetas, anunciadores da presença do Reino de Deus no mundo pela pregação da vida. Se não são capazes de ouvir a palavra da vida, dificilmente se abrirão à palavra falada. Caridade não é sentimento, é vida. 
O hoje de Deus 
Nossas celebrações não são simplesmente a leitura de um texto, mas a proclamação do Hoje de Deus em nosso mundo. Jesus não veio para um grupinho de adeptos. A fé ensina que veio para todos. Por isso cada celebração privilegia a profecia como convite a realizar a transformação. A recusa mostra que não se quer vencer o que nos vence que é a raiz do pecado. Jesus, quando se proclama que “hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir” (Lc 4,21) causa admiração e recusa. Estão como a dizer: não se mexe na estrutura. Tudo funcionou muito bem até agora. É o que ocorre na recusa de renovar a Igreja. Não se mexe, pois está tudo bem. Jesus dirá aos discípulos: “se perseguiram a mim, perseguirão também a vós” (Jo 15,20). 
Leituras: Jeremias 1,4-5.17-19; Salmo 70;
1Coríntios 12,311´13,13;Lucas 4,21-30
1. Jesus anuncia a Palavra em Nazaré e é recusado por seus conterrâneos. Sua vida se assemelha à de Jeremias. Recusam sua palavra porque Ele toca as estruturas, sobretudo a abertura da fé aos pagãos. A acomodação na fé superficial tapeia a fé. 
2. O anúncio da Palavra tem fundamento no amor de Deus. O profeta é chamado a amar a Deus e amar com o amor de Deus. A pregação é a máxima caridade, pois continua o amor de redenção de Jesus. Se não se é aberto à Palavra testemunhada pela vida, dificilmente se ouvirá a palavra falada. 
3. Nossas celebrações nãosão leitura de um texto, mas a proclamação do hoje de Deus no mundo. A profecia é convite à transformação. A recusa mostra que não se quer vencer a raiz do pecado.Se renovar a Igreja mexe com as estruturas, haverá recusa. 
Nem Jesus escapou! 
Em Nazaré Jesus inaugurou sua missão. Ficaram admirados com sua sabedoria. Mas... o ciúme não tardou e eles começaram a estranhar: Como pode esse homem que nós conhecemos, que é carpinteiro, que tem uma família que conhecemos? É gente daqui. Por que dá uma de sabido? Jesus comentou que o profeta não é bem recebido em sua pátria. Eles recusaram suas palavras e a Ele mesmo. Queriam joga-Lo no precipício, isto é, acabar de vez com Ele. Mas é Deus quem envia os profetas e está com eles como forte e uma rocha protetora. Deus é sua força. E não pode ter medo, pois aí é que o medo pega. A missão do profeta não é só falar, mas demonstrar sua palavra através do amor muito real para comas pessoas. É impossível anunciar o Reino de Deus, se não tivermos um profundo, real e consequente amor à pessoa humana. Esse amor não é só sentimento, mas concreto em nossos relacionamentos. 
Homilia do 4º Domingo Comum (03.02.2013)

EVANGELHO DO DIA 27 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 14,7-14. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: "Mostra-nos o Pai"? Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ireneu de Lyon (130-208) 
Bispo, teólogo, mártir 
Contra as heresias, IV, 20,5-7; SC 100 
«Quem Me vê, vê o Pai» 
Aqueles que veem a Deus terão parte na vida, porque o esplendor de Deus é vivificante. É por esta razão que Aquele que é esquivo, incompreensível e invisível Se oferece para ser visto, compreendido e captado pelos homens: para dar vida àqBueles que O captam e O veem. Porque, se a sua grandeza é inescrutável, também a sua bondade é inexprimível; é por ela que Ele Se faz ver e dá vida àqueles que o veem. É impossível viver sem vida, e não há vida senão através da participação em Deus, que consiste em ver a Deus e gozar da sua bondade. Assim, os homens verão a Deus para viverem, tornando-se imortais através dessa visão e chegando até Deus. Foi isso que foi anunciado figurativamente pelos profetas: que Deus será visto pelos homens portadores do seu Espírito, que esperam incessantemente a sua vinda, segundo o que Moisés diz no Deuteronómio: «Naquele dia veremos, porque Deus falará ao homem e ele viverá» (Dt 5,24). Aquele que opera tudo em todos é invisível e inexprimível, no seu poder e na sua grandeza, para todos os seres por Ele criados; no entanto, não lhes é de modo algum desconhecido, pois todos aprendem, através da sua Palavra, que há um só Deus Pai, que contém todas as coisas e a todas dá existência, como diz também o Senhor: «Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que está no seio do Pai, é que O revelou» (Jo 1,18).

27 de abril - Beata Maria Antônia Bandrés Elósegui

Madre Cândida disse um dia a uma aluna de seu colégio de Toulouse: "você será filha de Jesus". A jovem foi Maria Antônia Bandrés Elósegui, hoje elevada com a Fundadora às honras dos altares. Apaixonada por Jesus, ela se certificou de que os outros também o amassem. Como catequista, obreira-operária, missionária no desejo, sendo já religiosa, consumava sua curta vida compartilhando, amando e servindo aos outros. Em sua doença, unida a Cristo, ela nos deixou um exemplo eloquente de participação na obra salvífica da cruz. O testemunho da vida destas duas novas Beatas enche de alegria a Igreja e deve trazer a sua Congregação, presente em muitos países da Europa, da América e da Ásia, para seguir os seus ricos ensinamentos, o modelo do seu dom de si e perseverança em sua fidelidade ao carisma recebido do Espírito. Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 12 de maio de 1996 Antônia nasceu em 6 de março de 1898, em um lar rico em Tolosa, Espanha. Seu pai Raimundo Bandrés era um renomado jurista que formou uma grande família com Teresa Elósogui, ela foi a segunda de quinze irmãos. Nasceu frágil e recebeu cuidados e ternura em abundância que imprimiram seu jeito de ser. Tanta atenção e cuidados afetaram sua personalidade de tal maneira que durante os primeiros anos ela era uma pessoa imatura em quem havia uma hipersensibilidade preocupante. Sua mãe cuidou de incutir muitos valores que, junto com sua grande devoção a Maria, abriram seu caminho.

Beata Catarina de Montenegro (Hosana de Kotor) Virgem Dominicana 27 de abril

     A Beata Hosana de Kotor foi uma alma contemplativa que, como toda dominicana, se nutriu da Sagrada Escritura. Deus lhe concedeu o dom do conselho para guiar muitas almas para Ele. Nasceu e cresceu na Igreja Ortodoxa Grega e se converteu ao Catolicismo. Considerada em sua cidade patrona do movimento ecumênico, ela pode nos ajudar a encontrar os caminhos da unidade querida por Jesus para os seguirmos.
     Montenegro é um Estado situado nos Balcãs, às margens do Mar Adriático. No ano 2003 formou com a Sérvia a Federação de Sérvia-Montenegro e em 2006 foi declarada a independência de Montenegro, votada num plebiscito popular.
     Deve seu nome a Lobcen, a “montanha negra”, assim chamada devido a tonalidade dos bosques que cobrem seu cume. A montanha faz parte dos Alpes Dináricos.
     Podgorica, hoje capital da República de Montenegro, de 1466 a 1878 fez parte do império otomano e a partir de então pertenceu a Montenegro.
   Kotor, importante cidade portuária de Montenegro, é circundada por uma impressionante muralha. De 1420 a 1797 a cidade e seus arredores pertenciam à República de Veneza. Este território veneziano foi um baluarte contra a expansão dos turcos otomanos nos Balcãs.

SÃO SIMEÃO, BISPO DE JERUSALÉM E MÁRTIR

As notícias que temos sobre São Simeão nos foram transmitidas, antes de tudo, por Santo Hegésipo, um dos primeiros escritores cristãos, provavelmente de origem palestina, que chegou a Roma, em meados do século II; depois, também por Eusébio de Cesareia, que, em sua “História Eclesiástica”, diz que foi o "segundo Bispo” de Jerusalém, sucessor de Tiago de Alfeu, chamado Tiago Menor, morto em 63. 
Uma identidade controversa
São discordantes as origens de São Simeão, que, segundo a tradição, teve uma vida muito longa, chegando a 120 anos de idade. Alguns dizem que era um dos 70 discípulos de Jesus - cujo nome não é citado no Evangelho de Lucas -; ele era um dos dois discípulos que encontrou o Senhor a caminho de Emaús, sem o reconhecer logo. Segundo outras fontes, ele era filho de um destes dois, ou seja, de Cléofas. Segundo outros, enfim, também seria um parente próximo de Jesus, tanto que Eusébio de Cesareia o menciona como "primo do Salvador". 

São Pedro Canísio, Presbítero, Doutor da Igreja (+1597), 27 de Abril

Pedro Canísio (1521-1597) é conhecido como o segundo apóstolo da Alemanha. É Doutor da Igreja. Seu nome original é Pieter Kanijs. Foi um teólogo jesuíta nascido nos Países Baixos (Holanda). Foi chamado de "Martelo dos hereges" pela clareza e eloqüência com que atacava a posição dos protestantes, está entre os iniciadores da imprensa católica. Ainda na luta pela defesa da Igreja Católica, aconselhava: “Não firam, não humilhem, mas defendam a religião com toda a alma.” São Pedro Canísio é considerado o iniciador da imprensa católica e o primeiro a formar parte do "exército" dos jesuítas. Foi o segundo apóstolo mais importante na evangelização da Alemanha na fé católica, sendo que o primeiro foi São Bonifácio.
Origens 
Pedro Canísio nasceu no dia 8 de maio de 1521, onde situava-se o ducado de Geldern, hoje, Holanda. Diferente dos outros garotos, buscava os livros de oração ao invés das brincadeiras. Aos doze anos reunia crianças para ensinar a elas trechos da Bíblia e do catecismo da Igreja. Muito aplicado aos estudos, quando completou quinze anos foi enviado por seu pai à cidade de Colônia para estudar. Com apenas dezenove anos, ele concluía o doutorado em filosofia. 

Santo Ântimo, bispo, mártir († 303).

Ântimo de Tiana foi um bispo cristão na cidade capadócia de Tiana, uma cidade que se tornou muito proeminente quando o imperador romano Valente dividiu a Capadócia em duas províncias, com ela se tornando a capital da chamada Capadócia Secunda em 371. Esta decisão provocou um conflito — pelo qual Ântimo é conhecido — com Basílio de Cesareia (a capital da antiga província combinada), que havia se tornado bispo em 370. 
Controvérsia com Basílio
Ântimo afirmava que a mudança no status político da cidade deveria ser seguido com uma mudança do status eclesiástico e auto-declarou sua autoridade sobre uma série de cidades capadócias em sua nova província e que antes estavam sob a jurisdição de Basílio. Seu sucesso em fazer valer estas alegações em sua província foi muito facilitado pela presença de arianos que não desejavam estar sob a autoridade de Basílio, embora não haja evidências de que o próprio Ântimo tenha sido um ariano. O conflito se tornou físico a certo ponto, quando Basílio e seu amigo, Gregório de Nazianzo, partiram com uma tropa de mulas para coletar suprimentos para o mosteiro de Santo Orestes, sob o qual Basílio tinha autoridade. Alguns dos que apoiavam Ântimo bloquearam o caminho perto do mosteiro, nas redondezas de Sásima, e uma luta se seguiu. Em 372, como parte do conflito, Basílio consagrou Gregório como bispo de Sásima — uma minúscula cidade — que Ântimo alegava estar sob sua autoridade.

ZITA DE LUCCA Leiga, Padroeira dos domésticos, Santa 1218-1278

Santa Zita nasceu em 1218, em Monsagrati, nos arredores da cidade de Lucca no seio de uma família muito devota. A sua irmã mais velha entrou para um convento de Cister et um seu tio foi eremita e morreu com fama de santidade. Filha de camponeses, aos 12 anos foi trabalhar como empregada doméstica na casa de uma rica família, e aí permaneceu durante 48 anos, ou seja até morrer. Extremamente devota, perguntava-se sempre a si mesma: “Isto agrada ao Senhor?” Ou: “Isto desagrada a Jesus?”. Esta preocupação de sempre fazer a vontade diva tornara-se para ela quase uma obsessão. Tendo sempre, em todas as ocasiões e situações, demonstrado um grande amor para com o próximo, foi-lhe confiado o encargo de distribuir as esmolas cada sexta-feira. E dava do seu pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía, das suas parcas economias. Dizem que um dia foi surpreendida enquanto socorria os necessitados. Mas no seu avental o que era alimento converteu-se em flores. Conta-se ainda que certo dia foi dar esmola a um necessitado, durante o seu tempo de trabalho. Vizinhos, tendo sido testemunhas desta “infração”, vieram logo avisar a família Fatinelli, para quem Zita trabalhava. A dona da casa foi à cosinha, para averiguar se havia atraso no afazeres e, ó milagre, alguns Anjos estavam ocupados a fazer aquilo que Zita deveria ter feito durante o tempo em que foi fazer obra de caridade. Daí em diante, nunca mais foi impedida de seguir os seus instintos caritativos.

NICOLAU ROLAND Sacerdote, Fundador, Beato 1642-1678

Sacerdote francês nativo de Reims, 
fundador da Congregação do Santo Menino Jesus, 
para o ensino e a protecção 
dos órfãos e crianças abandonadas.
Nicolau Roland nasceu em Reims (França) – no momento da Fronda – a 8 de Dezembro de 1642. Foram seus pais João Baptista Roland, antigo comerciante de tecidos (uma das especialidades da cidade, nesses tempos) e de Nicola Beuvelet, irmã de Mateus Beuvelet, sacerdote, que será o padrinho de Nicolau. Por volta dos oito anos de idade, ingressou no colégio jesuíta da sua cidade natal, onde descobriu a sua vocação: o sacerdócio. Em 1653, enquanto participava de uma ordenação na Abadia de São Pedro das Damas, sentiu-se, de repente, interiormente empurrado a pedir a tonsura, o que fez imediatamente e imedia-tamente recebeu das mãos do Arcebispo. Após completar os seus estudos, ele viajou pela França, percorreu as províncias, levando uma vida mundana. Mas depois de um acidente, decidiu renunciar a qualquer viagem vai para Paris para fazer um retiro espiritual e durante ouviu o chamado para ser padre. Empreende então os estudos de filosofia e de teologia e frequenta uma comunidade de jovens, apaixonados por Jesus Cristo ao redor do Padre Bagot, então, começou a estudar filosofia e teologia. A quando da festa da Assunção, em 1665,

Nossa Senhora de Monserrate, padroeira da Catalunha.

Nossa Senhora de Monserrate ou Virgem Negra de Montserrat (em catalão, Mare de Déu de Montserrat[3], que significa "Mãe de Deus do Monte Serreado"[4]) é uma imagem de Maria, a mãe de Jesus Cristo, localizada no Mosteiro de Montserrat, no município de Monistrol de Montserrat, na província de Barcelona, na Catalunha, na Espanha. É conhecida popularmente como La Moreneta ("A Morena"). 
Lenda 
Segundo a lenda, a imagem teria sido construída por São Lucas e levada ao seu atual local, o Montserrat, na Catalunha, por São Pedro no ano 50. No século VIII, durante a invasão muçulmana da Península Ibérica, teria sido escondida por devotos numa caverna. A imagem teria sido reencontrada somente no ano 880, por um grupo de crianças. Um bispo teria, então, tentado levá-la para a cidade de Manresa, mas a imagem teria se tornado pesadíssima, impedindo seu translado. O bispo teria interpretado o fato como um milagre e como um sinal de que a imagem deveria permanecer no local. Teria, então, sido construído o Mosteiro de Santa Maria de Montserrat no local, para abrigar a imagem.
Estudos científicos 
Estudos científicos indicam que a imagem foi esculpida no século XII. 
Padroeira da Catalunha 
Em 1881, Nossa Senhora de Monserrate se tornou a padroeira oficial da Catalunha.

OS MILAGRES DE NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT

Assim como os querubins da Arca eram vistos como o trono de Deus ( Ex 25,22; I Sam 4,4; II Sam 6,2;  I Cr 13,6; Is 37,16; Heb 9,5), as imagens de Maria nos recordam que ela foi o trono de Deus na terra. 

1- MILAGRE DO ENCONTRO DA IMAGEM

O culto a Virgem Senhora do Montserrat remonta aos primeiros tempos do cristianismo e faz referencia ao apóstolo São Pedro, que segundo a tradição, levou em sua viagem a península Ibérica uma imagem da Virgem Maria, esculpida em madeira e conhecida como a Senhora Jerusalemitana.
Pelo ano de 546, na Cataluña, ao sul da Espanha, um monge chamado Querino, fundou um rudimentar mosteiro consagrado a referida imagem, que alguns séculos antes, fora trazida por São Pedro.
No tempo das invasões, pelos árabes a imagem foi escondida numa caverna e só encontrada dois séculos depois por pastores da região, que a levaram de volta ao mosteiro em solene procissão.
Conta-se que os referidos pastores de Obesa passavam pela montanha quando ouviram cânticos celestiais e foram atraídos por uma luz esplendorosa que saía do interior do rochedo. 
Encantados com o som e com as luzes subiram o monte e pasmados caíram de joelhos diante da imagem da Virgem Maria. 
Estava a imagem em uma cavidade natural na elevação da montanha.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Sábado – Santos: Zita, Tertuliano
Evangelho(Jo 14,7-14) “Jesus respondeu: – Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe?”
Filipe estava havia três anos com Jesus. E nós, há tanto tempo estamos com Jesus, há tanto tempo ouvimos falar dele, dizemos acreditar nele como nosso Salvador. Há muito, muito tempo. Mas também nós ainda não o conhecemos, ainda não pensamos como ele, ainda estamos muito longe de sua maneira de agir. Sabemos falar sobre ele, mas ainda não nos deixamos transformar por ele.
Oração
Senhor Jesus, perdoai-me porque em todos esses anos não me entreguei completamente a vós, não permiti que me transformásseis à vossa imagem. Ainda vos conheço apenas por fora, ainda não aceitei em tudo vossas ideias. Falta muito ainda para que meu amor por vós oriente tudo em minha vida. Enquanto é tempo, tomai conta de mim, ajudai-me a vos conhecer sempre mais. Amém.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “A letra e o espírito”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Aprendendo dos antigos
 
A História da Salvação se faz também na transmissão do conhecimento da verdade. Cada época dá sua contribuição, mas a recebe dos antepassados, como lemos em Hebreus 11. Na Bíblia vemos o grande interesse em manter a fé dos antepassados. Ela guarda memória dos antigos que tinham vivido a integridade da fé. A Igreja Católica guarda a sabedoria dos antigos e mantém a fidelidade à compreensão da Palavra de Deus. Cada época tem um enfoque na procura de ser fiel. Os antigos e os novos, todos têm o Espírito Santo. Por isso podemos ser ensinados por esses homens e mulheres que vieram antes de nós, como também, podemos ensinar aos futuros. A revelação permanece a mesma, mas como vem de um Deus infinito, sempre podemos compreender melhor e dar uma contribuição para melhor compreensão. A sabedoria dos antigos não vem somente da inteligência, mas também de sua santidade de vida. Nós os chamamos Pais da Igreja ou Santos Padres. Eles são antigos, santos e tem um ensinamento profundo. Basta citar S. Agostinho, Atanásio etc... Foram deixados de lado algum tempo, mas agora se dá valor e se deve sempre referir a eles quando estudamos a Palavra de Deus. Sua compreensão dá segurança no conhecimento do ensinamento. O fato de perdermos a ligação com o passado podemos nos desviar ou negar dados da fé. Pela história tivemos santos intelectuais, como também outros pensadores que deram sua contribuição para o ensinamento. 
Sentido literal e espiritual 
Apesar de encontrarmos diversos sentidos na Escritura, é fundamental partir sempre do texto. O texto como está escrito, é estudado nas regras da interpretação. Santo Tomás afirma que “todos os sentidos da Escritura se fundamentam no sentido literal”. O sentido literal supõe que a tradução corresponda de fato ao original em que foi escrito. Com o sentido literal, temos o sentido espiritual que nos revela o que a fé ensina, como se deve viver (moral) e aonde vamos chegar. Para esse conhecimento, precisamos ter como seguro e necessário que só é fiel ao texto da Palavra de Deus na medida em que o buscamos com a fé. Assim a Palavra de Deus se torna viva e o Espírito nos introduz em seu sentido espiritual. Sem o fundamento do texto como nos é apresentado, e sem a compreensão através da fé, a Palavra se torna fechada. 
Ir além da letra. 
Fundamentar-se no sentido literal, não significa parar nele. Deve haver uma passagem da escrita para a o espírito do texto. Para fazer essa passagem temos que passar a Palavra para a vida. O texto inspirado, mesmo sendo antigo, é para hoje. Na medida que o ouvimos hoje e praticamos, estamos vivendo a letra no espírito. É o Espírito de Deus que nos conduz. O texto é como um sacramento que tem uma força interior invisível que produz na vida, atitudes de fé. Lembramos que toda a leitura se faz em Cristo que é a Palavra do Pai encarnada, por isso a Palavra só vai atuar se encarnar na vida. São Paulo acentua, como diz o documento Verbum Domini (38), que “A letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Cor 3,6). A Palavra é tão viva pelo Espírito, que podemos lembrar que S. Agostinho, ao ler a Palavra de Deus, encontrou a verdade. Na leitura feita na situação em que vivia lhe deu condições para crer. “Para Santo Agostinho, ir além da letra tornou possível acreditar na própria letra e permitir-lhe encontrar finalmente a resposta às profundas inquietações do seu espírito, sedento da verdade (VD 38).
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2013

EVANGELHO DO DIA 26 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 14,1-6. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar? Quando Eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. Para onde Eu vou, conheceis o caminho». Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?». Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 101 a D. Tiago, n.º 55 
«Em casa de meu Pai há muitas moradas» 
A Soberana Bondade manifesta-se de muitas maneiras e Cristo, bendito seja, afirmou: «Em casa de meu Pai há muitas moradas». Quem poderá contar a diversidade dos meios, das visitas, dos dons e das graças de Deus, não só nas criaturas, mas numa só alma? Pois assim como as virtudes são diferentes, embora estejam todas marcadas pelo sinal da caridade, assim também o comportamento e as obras dos servos de Deus são muito diferentes; não é que aquele que tem a virtude da caridade na perfeição não tenha também todas as outras, mas cada um tem uma virtude particular que domina todas as outras. Daí as diferenças nas suas vidas. Aquele que tem sobretudo caridade tem gosto em exercê-la com o próximo; aquele que tem humildade procura apaixonadamente a solidão. Um ama a justiça, outro a liberdade dada por uma fé viva que parece nada temer. Outros amam a penitência e dedicam-se inteiramente a mortificar o seu corpo; outros ainda, esforçam-se por matar a sua própria vontade com uma verdadeira e perfeita obediência. Assim, os meios são diferentes, embora todos sigam o caminho da caridade. Todos os santos que gozam da vida eterna seguiram este caminho, embora de maneiras diferentes, porque não são iguais uns aos outros. A mesma diferença existe entre os anjos, que não são todos iguais. Assim, uma das alegrias da alma na vida eterna é ver a grandeza de Deus na variedade das recompensas que dá aos seus santos.

Santa Essuperanza de Troyes Virgem 26 de abril

Virgem da diocese de Troyes que viveu nos primeiros séculos do cristianismo, destacou-se pelo amor à oração e ao silêncio, tornando-se a primeira freira da diocese. Reza a lenda que, fugindo da agitação de Troyes para se dedicar à contemplação e às obras de caridade, retirou-se para Isle-Aumont, no mosteiro de Saint-Ursion, tornando-se um exemplo de vida evangélica para as mulheres que nos séculos seguintes iriam siga o exemplo dele. A sua morte, embora datada de 380, permanece incerta, enquanto as suas relíquias, após vários acontecimentos ligados à Revolução Francesa, estão hoje preservadas na igreja de Santa Savia em Aube, com uma parte venerada na igreja de Saint-Mards-en-Othe . A diocese de Troyes a celebra no dia 7 de maio, enquanto o martirológio romano a comemora no dia 26 de abril. Santa Essuperanza era uma virgem da diocese de Troyes nascida nos primeiros séculos que levaram à difusão do cristianismo nesta cidade. A lenda recorda como Santa Essuperanza foi a primeira freira da diocese que se destacou pelo amor, pela oração e pelo silêncio. Diz-se que o tumulto e o barulho de Troyes perturbaram o fervor de Santa Essuperanza, levando-a a procurar um lugar solitário onde, longe das distrações mundanas, pudesse dedicar-se à oração e às "boas obras".

Bem-aventurado Ladislau Goral Bispo e mártir 26 de abril

(*)Stoczek, Polônia, 1º de maio de 1898
(+)Sachsenhausen, Alemanha, abril de 1945 
Wladyslaw Goral, bispo auxiliar de Lublin, foi vítima dos nazistas por ódio à sua fé cristã. O Papa João Paulo II elevou-o às honras dos altares em 13 de junho de 1999, juntamente com outras 107 vítimas da mesma perseguição. 
Martirológio Romano: No campo de prisioneiros de Sachsenhausen, na Alemanha, o Beato Estanislau Kubista, sacerdote da Sociedade do Verbo Divino e mártir, que, durante a ocupação militar da Polónia em tempo de guerra por um regime inimigo de Deus, nesta prisão exalou o seu espírito em meio a torturas atrozes. Juntamente com ele recordamos o Beato Ladislau Goral, bispo auxiliar de Lublin, que no mesmo lugar e durante a mesma perseguição defendeu corajosamente a dignidade humana e a fé, morrendo na prisão de doença num dia desconhecido.
O Beato Wladyslaw Goral nasceu em 1º de maio de 1898, em Stoczek, Polônia. Depois de frequentar a escola primária em Nasutów, continuou os seus estudos em Ljubljana e Lublin. Em 1916 ingressou no seminário de Lublin; posteriormente ele aperfeiçoou seus estudos de filosofia em Roma. Na capital italiana, Wladyslaw Goral foi ordenado sacerdote em 18 de dezembro de 1920. Em 1926 regressou a Lublin e foi nomeado professor no seminário.

26 de abril - Santo Estevão de Perm

Estevão nasceu por volta de 1340 numa cidadezinha russa encravada nos montes Urais. Sua família era cristã; seu pai chamava-se Simeão e sua mãe Maria. Sob influência de sua mãe, demonstrou desde o início de sua vida um grande zelo pelo serviço à Igreja. Ajudava seu pai durante os ofícios e aprendeu a ler as Sagradas Escrituras, cumprindo o papel também de leitor. Já na juventude, aceitou os votos monásticos no mosteiro de Rostov, construído em homenagem a São Gregório, o teólogo. O mosteiro era famoso por sua coleção de livros, e Estevão, desejando ler os Santos Padres no idioma original, aprendeu a língua grega. Quando em sua juventude, sempre teve contato com o povo zyriano, e agora seu coração ardia pelo desejo de levar-lhes a Palavra de Deus. Para cumprir sua missão de iluminar este povo, compilou um alfabeto em sua língua e traduziu alguns livros da Igreja. Por sua tarefa piedosa, o bispo de Rostov, Arsênio (1374-1380), ordenou-o diácono. Tendo se preparado para sua atividade missionária, viajou em 1379 a Moscou para pedir a benção do bispo Gerásimo. Lá foi não só abençoado como ordenado monge. Dali, Estevão viajou pelo rio Dvina rumo ao norte, até as aldeias do povo zyriano. Nesta região sofreu muitas privações, lutas e tristezas, vivendo ao lado de pagãos e adoradores de ídolos.

ANACLETO DE ROMA, Papa, Mártir, Santo Pontificado - 79 a 92

Santo Anacleto, também conhecido por São Cleto, foi o terceiro Papa da Igreja Católica, portanto, o segundo sucessor de São Pedro na Sé apostólica. Era de origem romana, da família dos pretorianos. Convertido à fé, fez-se discípulo de São Pedro, se bem que por pouco tempo, mas o suficiente para absorver as virtudes angélicas na escola de seu mestre, de forma que destacou-se por seu grande fervor e admirável devoção. Com sua afabilidade, conquistou o coração de todos, tendo especial simpatia mesmo entre os pagãos. São Pedro tanto apreciou Santo Anacleto que, assim como São Lino, o designou para importantes trabalhos apostólicos em Roma e lugares circunvizinhos. Assumiu o trono pontifício logo após o martírio de seu predecessor, São Lino, no ano 79. Da mesma forma, enfrentou as dificuldades, perseguições e constantes investidas, defendendo com muita coragem as causas da Igreja de Cristo. Em todo o império romano, não havia província tão remota e nem rincão tão escondido, que não sentisse os efeitos da sua caridade e preocupação com as necessidades dos cristãos. A uns, socorria com esmolas, a outros, alentava com cartas, e a todos consolava e dirigia com paternais instruções. Ainda que seu rebanho fosse extremamente numeroso, pastoreava os cristãos com extrema vigilância.

PEDRO DE RATES Primeiro bispo de Braga Século I

Segundo uma tradição lendária, S. Pedro de Rates tornou-se o primeiro bispo de Braga, logo no ano da nossa era, como se pode ver na lista de todos os arcebispos de Braga que existe na Sé. Conta uma lenda que o santo salvou de doença mortal uma jovem princesa pagã. Como retribuição por este acto caridoso, ela converteu-se ao cristianismo e fez voto de castidade. Esta decisão enfureceu o pai que, em vez de agradecer um tão notável milagre e, para se vingar da decisão que a filha tinha tomado, decretou a morte de Pedro, que outra solução não teve que aquela de se refugiar na capela que existia em Rates. Tendo sido aí encontrado pelos soldados — ou homens de mão — do pai ofendido, foi por estes decapitado e a capela onde se escondera completamente destruída. Séculos mais tarde, da serra de Rates, S. Félix observava todas as noites uma luz na escuridão. Aquela luz intrigou-o e, numa noite, guiado pela curiosidade e pela luz, que mais abaixo parecia chamá-lo, desceu a vertente e encontrou no meio dos escombros a razão de ser desse clarão: o corpo do santo bispo de Braga, S. Pedro.

MARCELINO DE ROMA Papa, Santo 250-304

Marcelino (Marcellinus) nasceu em Roma, provavelmente em 250. Pouco ou nada se sabe da sua vida antes do começo do seu pontificado que começou a 30 de junho de 296 e durou até 25 de outubro de 304, ano em que foi martirizado durante a grande perseguição organizada pelo imperador Diocleciano, “homem grande, magro, de nobre estatura e de olhar penetrante”, mas “impassível e que cultivava e mesmo dissimulava um temperamento violento, sujeito a contradições frequentes”, “um dos três imperadores que a história permite então de admirar”, escreve o historiador da Igreja, Daniel Rops. Os motivos exactos desta perseguição que começou em 295 — um ano após a chegada do Papa Marcelino ao Sumo Pontificado —, continuam obscuros, e nada parecia anunciar que o grande reformador do império romano, zeloso pela unidade deste, enveredasse por este trágico caminho: perseguir e martirizar os cristãos, como se estes fossem culpados dos problemas políticos que agora começavam a aparecer. Deus assim o permitiu, para que “o sangue das vítimas fosse semente de cristãos”. Sabe-se igualmente que foi durante o pontificado do Papa Marcelino que “nasceu” o primeiro país cristão: a Arménia.

RAFAEL ARNÁIZ BARÓN Noviço cisterciense, Santo 1911-1938

Noviço cisterciense em Santo Isidro,
 beatificado em 1992, por S. João Paulo II
 e canonizado por Bento XVI a 11 de outubro de 2009.
Monge espanhol canonizado domingo, 11 de outubro de 2009 pelo Papa Bento XVI. Nasceu em Burgos (Espanha) em 1911. Ali mesmo foi à escola com os padres jesuítas. Depois começou a estudar na Escola Superior de Arquitectura de Madrid. Seus tios, os duques de Maqueda, influenciaram no crescimento de sua fé. 
Uma juventude alegre e pura
Em 1932 realizou alguns exercícios espirituais onde descobriu que Deus lhe pedia que se fizesse monge trapista. Tinha 23 anos quando foi aceito no mosteiro de São Isidro de Dueñas. Ali viveu uma vida monacal cheia de alegria no meio de sacrifícios e abnegações, onde, segundo ele, cada dia tinha um encanto diferente. Passava horas escrevendo cartas, para sua mãe, tios e vários amigos. Compartilhava nelas suas experiências interiores: “esta vida, que pode parecer monótona, para mim tem tantos atractivos que não me canso momento algum. Cada hora é diferente pois ainda que exteriormente sigam iguais, interiormente não o são como não são iguais todas as missas”. Com docilidade, o irmão Rafael soube aceitar os misteriosos desígnios de Deus. No momento mais feliz de sua vida sua saúde se alterou. A febre aumentava e por isso o enviaram de regresso a casa de seus pais.

Beato Giulio Junyer Padern sacerdote e mártir salesiano 26 de abril

(*)Villamaniscle, Espanha, 30 de outubro de 1892 
(+)Montjuic, Espanha, 26 de abril de 1938 
O sacerdote salesiano espanhol Julio Junyer Padern nasceu em Villamaniscle (em Gerona) no dia 30 de outubro de 1892 e entrou desde muito jovem numa das casas de Dom Bosco. Mudou-se para Campello (Alicante) e Carabanchel (Madrid), fazendo a profissão salesiana em 1912. Depois trabalhou em Baracaldo (Vizcaya) e Campello, antes de ser ordenado sacerdote em 1921. Sempre se dedicou à formação de jovens. Salesianos. Ele amava música e literatura. Começada a guerra civil, escondeu-se em Gerona, de onde organizou expedições através da fronteira francesa para salvar os jovens salesianos. A certa altura, ele foi preso e julgado em tribunal por espionagem e alta traição e condenado à morte. Depois de dar um grande exemplo de fé na prisão de Barcelona, ​​foi fuzilado em 26 de abril de 1938. (Avvenire) 
Martirológio Romano: Na aldeia de Montjuic, perto de Gerona, também na Espanha, o beato Giulio Junyer Padern, sacerdote da Sociedade Salesiana e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, mereceu alcançar a glória da vida eterna através do martírio.

26 de abril - Nossa Senhora do Bom Conselho

Em todo o mundo, Igrejas Agostinianas são agraciadas com a devoção de Maria, Nossa Mãe do Bom Conselho. A agradável imagem de Jesus nos braços de sua Mãe tem sua origem em 1467 na Igreja Agostiniana em Genazzano, na Itália. Peregrinos de todo o mundo visitam e veneram Nossa Senhora do Bom Conselho. Entre eles, muitas pessoas santas. Durante séculos muitos Papas honraram o santuário, inclusive os Papas João XXIII e João Paulo II. Antes deles, o Papa Leão XIII, devoto da Imagem, acrescentou a invocação Mãe do Bom Conselho, rogai por nós na Litania de Loreto. No século IV o Papa São Marcos mandou construir uma igreja em Genazzano, não muito distante das ruínas de um antigo templo pagão, que foi dedicado a Nossa Senhora do Bom Conselho. Em vista do amor que as pessoas de Genazzano participavam das festas e celebrações, o Papa declarou o dia 25 de abril como o dia da celebração cristã em honra à Mãe do Bom Conselho. Através dos séculos, Nossa Senhora foi honrada de maneira especial na pequena igreja na colina, que passou a ficar sob a responsabilidade dos freis da Ordem de Santo Agostinho a partir de 1356.

ESTANISLAU KUBISTA Sacerdote, Mártir, Beato 1898-1940

Sacerdote polaco da 
Congregação do Verbo Divino, 
martirizado no campo de concentração de Sachsenhausen.
Estanislau Kubista nasceu no seio de uma família devota de nove crianças, em Kostrechna. A família recitava todos os dias o terço, antes do jantar, diante do altar de Nossa Senhora. Era quase uma evidência que ele viria a ser sacerdote. Uma das suas irmãs, Ana entrou num convento perto de Viena. Quanto a ele, estudou numa escola alemã e, portanto, não só falava a língua materna mas também correntemente o alemão. Criança ainda, ficou impressionado com as prédicas e sermões dos missionários da Santa Cruz de Steyl — missionários do Verbo Divino. Estudou na escola de Neisse. Foi mobilizado no exército em 1917 na frente ocidental, onde era telefonista. Desmobilizado em Maio de 1919, em Stettiner, continuou os seus estudos em Neisse no noviciado dos Padres missionários verbistas, desejoso de se tornar missionário na China. Os Padres publicavam numerosas publicações e brochuras em polaco. Ele foi enviado para o noviciado de São Gabriel de Mödling perto de Viena.

26 DE ABRIL - NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO

Esta invocação, incluída na Ladainha Lauretana, prende-se a um quadro antigo de Nossa Senhora do Bom Conselho venerado na Albânia desde 1400, e hoje na cidade de Genazzano, perto de Roma. O que nos interessa, é a lição desse belo quadro. As mães só dão bons conselhos aos filhos. O maior desejo delas é vê-los bem encaminhados. Sofrem e choram quando algum deles prefere os maus conselhos de amigos falsos, que os levam para a perdição. Assim é Nossa Senhora do Bom Conselho. 
Lição: Nas dúvidas, nas incertezas, nas encruzilhadas da vida, lembremo-nos dela. Peçamos-lhe humildemente o seu conselho materno, sábio e seguro. “Olha para a Estrela, invoca Maria”. 
Outros santos: N.S. do Monte Serrat - Pascásio - Radberto - Clarencio - Isidoro - Marcelino - Lucídio.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 26 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
26 – Sexta-feira – Santos: Clarêncio, Lucídio, Exuperância
Evangelho(Jo 14,1-6) “Não se perturbe o vosso coração. Tende fé em Deus, tende féem mim também.”
Na ceia de despedida, havia tristeza, incerteza e medo. A seus amigos Jesus lembra que nessas situações, que se repetem muitas vezes, a saída é a fé e a confiança no Pai e nele mesmo.Ele promete voltar, não só na manifestação final, mas sempre que precisarem dele. Devo lembrar-me que o Cristo volta, está ao meu lado, sempre que a perturbação, incerteza e o medoameaçarem minha paz.
Oração
Senhor Jesus, sei bem o que é ter medo, muitas vezes não saber o que esperar nem o que fazer. Já experimentei o vazio inquietante quando pessoas queridas nos deixam. Vi também como é bom confiar em vós, saber que estais comigo,e me tomais pela mão, e me dais coragem mesmo se a tempestade continua.Eu vos agradeço e peço que olheis por aqueles ainda não confiam em vós. Amém.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Ano da Graça do Senhor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Na força do Espírito
 
Deus nos fez para sermos corpo unido (1Cor 1,13), como nos explica Paulo. Não elimina o individual, mas o coloca em união aos outros, pois um membro sozinho não é o corpo. É sua união aos outros membros é que lhe dá sentido e existência. Jesus usa a comparação do ramo unido ao tronco (Jo 15,1-9). Por isso, quando Deus fala a seu povo sempre o faz em assembleia, na santa convocação. Na recuperação do povo de Deus depois dos sofrimentos do exílio, Esdras e Neemias, convocam o povo, abrem o livro e fazem a leitura. Essa proclamação é como a permanente refundação do povo. Fazem um estrado para trazer a memória do Monte Sinai. Hoje temos o ambão para a proclamação do Evangelho. Neemias convoca o povo à alegria da conversão. Deus se alegra pela constante conversão de seu povo. Jesus completará este pensamento com as parábolas do filho, da ovelha e da dracma perdidos (Lc 15,1-31). Em Nazaré, a convocação se dá na sinagoga na qual, Ele abre o livro sagrado. Solene gesto para definir sua missão. Depois de manifestado ao povo, manifesta sua missão. Nesta está sob a unção do Espírito. O texto que lê é do profeta Isaias, fixando seu pensamento no programa do Reino que traz libertação e na proclamação do grande jubileu de plenitude da bênção. Lucas conta este momento da vida de Jesus para apresentar a solidez do ensinamento. Anuncia a base da pregação de Jesus. A preferência pelos pobres é por ser o parente mais próximo do pobre (Pr 23,11); realizar a remissão de todas as prisões para viver a liberdade dos filhos, pois Ele é o Redentor; para abrir os olhos dos cegos para que vejam e superem a ignorância. 
Hoje se cumpriu esta Escritura
Nós também recebemos o Espírito do Senhor para a missão de libertação, como Jesus. Assim cumprimos a Escritura para nosso momento. Enquanto a Igreja continua a missão, tem a força transformadora do Espírito, do contrário se torna sociedade que pode até desfigurar o ministério de Jesus. A tentação é grande, pois a opção pelos pobres dá trabalho e nos coloca em confronto com aqueles que assim os fazem. Quando realizamos essa missão de libertação de todos os males que aprisionam as pessoas, figurada na libertação dos prisioneiros, entramos em choque com os poderosos. Sem ser espiritual, não chega a realizar a libertação. A comunidade reunida para a celebração torna presente este memória do início do ministério de Jesus. Ela é o HOJE de Deus. É Jesus mesmo que através de seus discípulos que continua sua missão. Cada celebração é uma sagrada convocação que nos toca a consciência para retomar o dinamismo da lei de vida. Se falharmos em nosso compromisso com os necessitados, eles não conhecerão o tempo da visita de Deus em suas vida e continuarão vítimas do pecado do mundo. 
Um só corpo em missão 
Recebemos também convocação de Jesus para anunciar seu projeto de salvação, unidos a Ele. Lembramos Jesus, leigo, participante de sua comunidade, na qual era um bom leitor e comentarista da Palavra de Deus. Sabia encontrar o fundamento de sua missão na Palavra de Deus. Para o Corpo de Cristo, é necessária a permanente abertura à Palavra de Deus e à sua qualificada proclamação. Ela traz a alegria: “A Alegria do Senhor é vossa força” (Ne 8,10). Em assembleia litúrgica somos parte de um corpo que continua a missão de Jesus. A religião intimista, ainda muito propagada, é um refinado egoísmo que nos tira todo o compromisso. Somos um corpo. 
Leituras: Neemias 8,2-4ª.5-5.8-10;Salmo 18b;
1Coríntios 12,12-14;.27;Lucas 1,1-4;4,14-21 
1. Deus nos constituiu para sermos um corpo com membros. Nenhum está separado. Assim nos constitui também em assembleia que reúne todo povo. A grande assembleia de Esdras e Neemias é protótipo: fazem um palanque, abrem o livro e explicam ao povo. É uma convocação à conversão. Em Nazaré Jesus repropõe este momento para anúncio de seu projeto de salvação. Proclama a realização do grande jubileu, base de sua missão de libertação. Para isso é ungido pelo Espírito. 
2. Nós também recebemos o Espírito para a mesma missão de libertação. Se a Igreja continua essa missão, tem a força do Espírito. Sempre haverá choques. A comunidade reunida em assembleia litúrgica realiza o hoje de Deus. Se falharmos no compromisso com os necessitados, eles não conhecerão o tempo da visita de Deus e continuação vítimas. 
3. Recebemos também a convocação de Jesus para anunciar seu projeto de salvação unidos a Ele. Jesus era leigo e participava de sua comunidade celebrativa em seus ministérios. Para ser Corpo de Cristo é necessária a abertura à Palavra. Fazemos parte de um corpo. Religião intimista é refinado egoísmo. 
A vez dos fracos 
Entramos no Tempo Comum que envolve 34 semanas do ano litúrgico. É um grande peso no conjunto dos tempos litúrgicos. Lemos nesse ano o Evangelho de Lucas. Este evangelista mostra o grande amor de Jesus pelos sofredores e necessitados. Por isso diz que tem o Espírito Santo que O encaminha para solucionar os problemas dos sofredores. O anúncio de sua missão diz como ela será. É tempo de libertação. Todos são convidados a partilhar com Jesus dessa missão, cada um com seu dom. Formamos com Cristo um único Corpo. Todos os membros, mesmo diferentes, são igualmente importantes e necessários. Essa união faz a força do Corpo de Cristo. Ser membro deste Corpo é continuar sua missão Gostamos muito de uma religião que não nos comprometa, por isso ficamos em igrejas e espiritualidades que rezam muito, mas pouco fazem. Fé cristã não aceita individualismo e egoísmos espirituais. 
Homilia do 3º Domingo Comum (27.01.2013)

EVANGELHO DO DIA 25 DE ABRIL

Evangelho segundo São Marcos 16,15-20. 
Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.
Tradução litúrgica da Bíblia
Santo Ireneu de Lyon 
(130-208) 
Bispo, teólogo, mártir 
 «Contra as Heresias», III 1,1 
«Pregai o Evangelho a toda a criatura» 
Quando Nosso Senhor ressuscitou dos mortos e os apóstolos foram revestido com a força do alto pela vinda do Espírito Santo (cf Lc 24,49), ficaram cheios de certezas sobre tudo e receberam o conhecimento perfeito. Possuidores do Evangelho, foram, pois, até aos confins da Terra (cf Sl 18,5) proclamar a Boa Nova que nos vem de Deus e anunciar aos homens a paz do Céu. Assim, Mateus publicou no meio dos hebreus e na sua própria língua uma forma escrita do Evangelho, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Após a morte destes dois apóstolos, Marcos, discípulo de Pedro e seu intérprete (cf 1Pe 5,19), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Por seu lado, Lucas, companheiro de Paulo, consignou num livro o Evangelho pregado por este. Por fim, João, o discípulo do Senhor, o mesmo que tinha repousado sobre o seu peito, também publicou um Evangelho durante a sua estadia em Éfeso. Marcos, intérprete e companheiro de Pedro, declarou o seguinte no início da sua redação do Evangelho: «Princípio do evangelho de Jesus, Cristo, Filho de Deus. Tal como está escrito no profeta Isaías – eis que envio o meu mensageiro à tua frente, que há de preparar o teu caminho». Como se vê, Marcos faz das palavras dos santos profetas o início do Evangelho, e põe logo a abrir, como Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele que os profetas proclamaram como Deus e Senhor. No fim do Evangelho, Marcos diz: «E o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus». É a confirmação da palavra do profeta: «Oráculo do Senhor ao meu senhor: Senta-Te à minha direita e eu farei dos teus inimigos escabelo para os teus pés» (Sl 109,1).

Beato Paolo Thoj Xyooj Catequista e mártir 25 de abril

(*)Kiukatiam, Laos, por volta de 1941
(+)Laos, final de abril de 1960 
ThojXyooj (também transliterado ThaoShiong), nascido na aldeia de Kiukatiam, no Laos, uniu-se com entusiasmo ao anúncio do Evangelho, levado ao seu país pelos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. Considerado apto para o sacerdócio, foi enviado para a escola de formação de catequistas de Paksan, onde tomou a decisão de se dedicar à pregação da Boa Nova sem receber ordens sagradas. Depois de sete meses na aldeia de Na Vang, regressou à sua aldeia natal, onde se juntou ao missionário Padre Mario Borzaga. No dia 25 de abril de 1960, ela partiu com ele para visitar outras aldeias do norte do Laos, cujos habitantes queriam conhecer melhor o Evangelho. A partir daí não houve mais notícias deles, até que se descobriu que haviam sido mortos por alguns guerrilheiros do Pathet Lao, que se opunham à presença de missionários estrangeiros. Padre Mario tinha vinte e sete anos, enquanto Paolo tinha cerca de dezenove. O julgamento do martírio ocorreu na diocese de Trento de 2006 a 2008. Em 5 de maio de 2015, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto com o qual a sua morte foi reconhecida como um ódio à fé. A sua beatificação, juntamente com a de outros 15 mártires do Laos, foi marcada para 11 de dezembro de 2016 em Vientiane, Laos.

Beato Mário Borzaga, sacerdote e mártir 25 de abril e 4 de setembro

(*)Trento, 27 de agosto de 1932
(+)Kiucatian, Luang Prabang, Laos, 25 de abril de 1960
Mario Borzaga, nascido em Trento em 27 de agosto de 1932, depois de iniciar a formação sacerdotal no seminário diocesano, ingressou nos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. Em 1957 partiu para o Laos, junto com outros irmãos, sendo o primeiro a desembarcar naquele país asiático. Percorreu as aldeias visitando os doentes e espalhando por toda parte o seu sorriso: ser um homem feliz em conformidade com Cristo Crucificado era a sua vocação mais íntima. No dia 25 de abril de 1960 partiu, junto com o catequista leigo Paolo ThojXyooj, para visitar outras aldeias do norte do Laos, cujos habitantes queriam conhecer melhor o Evangelho. A partir daí não houve mais notícias deles, até que se descobriu que haviam sido mortos por alguns guerrilheiros do Pathet Lao, que se opunham à presença de missionários estrangeiros.

SANTA FRANCA, ABADESSA DE PIACENZA

De nobre família de Placência, Franca entrou para o mosteiro Beneditino de São Siro, onde se tornou abadessa. Sua decisão, de introduzir no mosteiro a vida regular, suscitou forte oposição. Assim, foi abadessa do mosteiro de Montelana, que, depois, foi transferido para Pittolo. Faleceu em 1218. 
(*)Vitalta, Piacenza, 1175
(+)Pittolo, 25 de abril de 1218 
Ela nasceu em 1175 em uma família nobre de Piacenza. Muito jovem ingressou no mosteiro beneditino de San Siro, onde fez os votos solenes. Em 1198, com a morte da abadessa Brizia, foi eleita em seu lugar. A decisão de introduzir a vida regular no mosteiro suscitou forte oposição, tanto de algumas famílias nobres de Piacenza que teriam de bom grado visto outra à frente das freiras, como de um grupo de freiras, liderado pela irmã do bispo Grimerio (1199-1210). ), que, no entanto, iluminado por São Folco Scotti, então reitor de Sant'Eufemia, pôs fim a toda oposição. Desejando uma maior perfeição, em 1214 aceitou o convite e o exemplo de Carenzia Visconti, que fundou um mosteiro feminino cisterciense em Montelana. Foi nomeada abadessa, mantendo, por algum tempo, a administração de San Siro. A comunidade logo se mudou para Pittolo por razões de segurança e conveniência, criando ali um mosteiro que Franca governou até sua morte em 25 de abril de 1218. (Avvenire) 
Etimologia: Franca = grátis, do alemão antigo 
Martirológio Romano: No território de Piacenza, Santa Franca, abadessa, que queria ingressar na Ordem Cisterciense, passando noites inteiras em oração diante de Deus.

Santo Estêvão de Antioquia Bispo e mártir 25 de abril

Bispo de Antioquia de 451 a 471, emerge das brumas da história como um defensor da fé ortodoxa, cuja vida, envolta no mistério das suas origens e da sua juventude, se desenrola à luz do martírio. Nascido em Antioquia, próspero centro de cultura e religiosidade, numa família cristã fervorosamente devota, destacou-se pela perspicácia intelectual e pelo profundo conhecimento das Escrituras. Consagrado bispo em 451, viu-se diante da turbulência eclesiástica do monofisismo, posicionando-se firmemente a favor da doutrina da Calcedônia. A sua defesa da dupla natureza de Cristo atraiu o ódio dos hereges, que o perseguiram com calúnias, violência e exílio. Sob o imperador monofisita Zenão, seu sofrimento culminou em 471 com prisão, tortura e martírio no rio Orontes. 
Martirológio Romano: Em Antioquia da Síria, hoje na Turquia, Santo Estêvão, bispo e mártir, que sofreu muito nas mãos dos hereges que se opuseram ao Concílio de Calcedônia e, na época do imperador Zenão, morreu após cair no rio Orontes .

MARCOS Evangelista, Santo Século I

O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança. Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho. Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição. Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado.

PEDRO DE SÃO JOSÉ BETANCUR Leigo, Fundador, Beato (1626-1667)

Pedro de São José Betancur nasceu em Villaflor de Tenerife, nas Ilhas Canárias, Espanha, no dia 19 de Março de 1626, tendo sido baptizado logo no dia 21. Seus pais, Amador González Betancur de la Rosa e Ana Garcia educaram-no cristãmente e Pedro descobriu os valores da fé e da caridade, de modo especial. E ele nunca esqueceu os ensinamentos recebidos; ouvindo falar dos trabalhos missionários que muitos homens e mulheres estavam a empreender nas terras da América, deixou-se entusiasmar pela ideia de ir anunciar o Evangelho, emigrando para a Guatemala em 1651 com esse propósito. Ali começou a viver como se fosse essa a sua pátria, depressa captou a simpatia das famílias do lugar, que desejavam a presença de Pedro em suas casas, pela sua afabilidade e interesse pela situação de cada um; pagava a hospedagem com os trabalhos humildes que podia fazer. Dele disse o seu biógrafo: “Todo o tempo em que conhecemos Pedro de Betancur, conhecemo-lo como um homem virtuoso. Nele, a virtude parecia natural. Era tão amável como virtuoso e todos os que o conheciam, o estimavam e quem o estimava, gostava de comunicar com ele. Todos desejavam tê-lo em sua casa e muitos o procuravam”. Fez da pobreza sua companheira de vida, para não ter outro tesouro a não ser Jesus Cristo e não ter outra preocupação senão o amor dos pobres.