terça-feira, 14 de maio de 2024

EVANGELHO DO DIA 14 DE MAIO

Evangelho segundo São João 15,9-17. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Maria Eugénio do Menino Jesus 
(1894-1967) 
Carmelita, fundador de Notre Dame de Vie 
A sabedoria do amor 
A Sabedoria eleva-nos aos seus 
desígnios do amor 
A Sabedoria é uma sabedoria de amor. Ela está ao serviço de Deus, que é amor. E o amor é o bem que se difunde: tem necessidade de se difundir e encontra a sua alegria em se dar; a sua alegria é proporcional ao dom que dá e à sua qualidade. Porque está inteiramente ao serviço de Deus, a Sabedoria utilizará todos os seus recursos para difundir o amor. Não é, pois, de surpreender que a alegria desta Sabedoria amorosa seja estar com os filhos dos homens, porque pode difundir na alma desses homens o melhor dos seus dons criados, a graça, que é uma participação na natureza e na vida de Deus. A Sabedoria do amor é essencialmente ativa; nela, o movimento não é um estado passageiro, mas constante. Se o bem de si difusivo que é o amor deixasse de se espalhar por momentos, deixaria de ser amor; pois o amor que para transforma-se em egoísmo. Deus gera constantemente o seu Filho, e do Pai e do Filho procede constantemente o Espírito Santo; é por isso que Deus é Amor eterno. O amor que nos é dado não pode parar na nossa alma, mas tem necessidade de remontar à fonte e, através de nós, quer continuar o seu movimento de difusão. Ao conquistar-nos, a Sabedoria do amor permite-nos entrar na intimidade divina, mas também nos conduz à sua meta, na realização dos seus desígnios de amor. Ela transforma-nos imediatamente em canais da sua graça e em instrumentos das suas obras. O amor é essencialmente dinâmico e dinamogénico. A Sabedoria do amor conquista as almas, não tanto por si mesma, mas por causa da sua obra. Ela só tem um objetivo: a Igreja; escolhe-nos como membros da Igreja, para que nela tenhamos um lugar e cumpramos uma missão.

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