Martirológio Romano: Em Córdoba, na Andaluzia, Espanha, Santa Áurea, virgem, irmã dos santos mártires Adolfo e João, que, durante a perseguição dos mouros, conduzida diante do juiz cedeu por temor, mas, penitenciando-se em seguida, superou o inimigo em um novo combate com a efusão de seu sangue.
Foi vítima da perseguição que desencadeou o califa Maomé I (852-880).
As Atas de Áurea, que sofreu o martírio em Córdoba em 19 de julho de 856, foram consignadas por Santo Eulógio, ele também de Córdoba, morto por ódio à Fé em 11 de março de 859, portanto são informações de um contemporâneo e de um concidadão, dignas de toda credibilidade.
Santa Áurea nasceu em Sevilha, em uma nobre família na qual a maior parte era de maometanos, porém sua mãe Artemisa, era cristã de comprovada virtude, e foi ela quem a educou nas santas verdades dos Evangelhos; mais tarde Áurea demostraria com sua vida e gloriosa morte ser digna de gozar da eterna graça.
Áurea era irmã dos santos mártires Adolfo e João, mortos em 27 de setembro de 825 ou 826, e filha de Santa Artemisa, que, depois da morte do marido, um moçárabe de boas condições financeiras, se retirou no Mosteiro de Santa Maria de Cuteclara, nos arredores de Córdoba, junto com a filha.
Segundo Santo Eulógio, Áurea vivia no mosteiro “per anos fere triginta et amplius” (havia uns 30 anos). Tendo nascido de um matrimônio misto, ela pertencia, segundo a lei da religião maometana, àquela de seu pai, e a sua adesão à religião católica era considerada uma “apostasia” punida com a morte.
Sua elevada situação social e os muitos parentes seus que seguiam a religião muçulmana, foram os motivos pelos quais ninguém havia atrevido a delatá-la; porém, tendo chegado aos ouvidos dos seus parentes em Sevilha a notícia de sua fé, usando o subterfúgio de seu parentesco, foram visitá-la para comprovar o que haviam escutado. Os parentes de Áurea descobriram que ela não só era cristã, mas também uma fervorosa religiosa, e procuraram convencê-la a se converter em seguidora do falso profeta. Como não alcançaram sucesso, delataram-na.
Governava então o Califado do Ocidente Maomé I (852-880), filho de Abdrrahman, célebre pela terrível perseguição que empreendeu contra os cristãos.
Conduzida ao tribunal muçulmano e ameaçada pelos mais duros suplícios, Áurea teve um momento de fraqueza e negou a Fé. Liberada, voltou para o mosteiro, onde fez penitência pelo seu erro. Novamente levada ao tribunal, desta vez confessou com firmeza a própria Fé, proclamando que ela era mais cristã do que nunca. Foi decapitada e o seu corpo foi lançado ao Guadalquivir.
A festa de Santa Áurea é celebrada no dia 19 de julho em Córdoba.
Fontes:www.santiebeati.it;
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