quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

REFLETINDO A PALAVRA - “Um grande sinal apareceu no céu”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
Gloriosa a rainha
            A Igreja celebra a Assunção de Maria ao Céu para ser um grande sinal. Esta festa é oportunidade para a celebração de tantos nomes de Maria. Nenhum nome esgota sua grandeza, mas todo nome carrega a simplicidade daquela que foi escolhida como Mãe do Filho de Deus. Isabel foi a primeira a chamá-la de Mãe de meu Senhor (nome dado a Deus – Kýrios). Maria reconhece a grandeza do dom: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Contudo, considera sua condição de ser sempre servidora humilde. Ela sente que tudo foi por obra da pura misericórdia de Deus. Essa misericórdia se estende de geração em geração. A festa da Assunção não celebra só a grandeza de uma rainha, pois ela é Mãe de Jesus, Rei do Universo, mas também a grandeza que está reservada a toda humanidade, como rezamos no prefácio: “Aurora e esplendor da Igreja triunfante ela é consolo e esperança para o povo ainda em caminho”. Ela é a primeira redimida que, gloriosa, dá esperança a todo povo que caminha na alegria da fé. A Assunção de Maria é como o resultado do grande dom de ser Imaculada por ter sido concebida sem pecado e vivido sem pecado. Como tinha o Céu dentro de si, era justo que partilhasse da gloriosa Ascensão do Filho. Não havia necessidade de esperar o fim dos tempos para participar da ressurreição de todos, pois já estava ressuscitada em sua concepção. Ela realiza a promessa de Jesus: “Quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6,40).
 Esperança da Humanidade
            O Espírito colocou em seu seio o Filho do Deus Bendito, Jesus, semente da nova humanidade. Redimida pelo sacrifício da Cruz e pela vitória da Ressurreição, o povo de Deus vê nela a realização das promessas. A Humanidade tem esperança pois as portas do Céu estão abertas para todos. Ela é também modelo da caridade humilde. Sobe apressadamente as montanhas da Judéia para ajudar sua prima Isabel. Podemos entender que Isabel representa o Antigo Testamento que gestou a vinda de Cristo. Maria, como parte do povo da antiga aliança corre ao encontro para ajudá-lo a acolher o Messias que ela traz no ventre. O Filho dá o Espírito a João que é o último profeta que veio para preparar para o Senhor um povo perfeito (Oração da missa de S. João Batista). A caridade de Maria se desenvolve no cuidado da jovem Igreja que nasce em Pentecostes. Ela gerou os filhos da Redenção ao pé da Cruz e os gera para o novo povo em Pentecostes. Amar Maria não é uma devoção é uma conseqüência da fé em Jesus que se fez carne em seu seio. É reconhecer que Deus quis habitar entre nós para nos dar sua vida, recebendo nossa vida de Maria que O gerou, por obra do Espírito. O Espírito pode gerar Cristo em nós e já o fez, pois já esteve  em Maria em sua geração carnal.   
O dragão perseguiu a Mulher
            Pedimos na oração da missa: “Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos de sua glória”. Mas a glória tem o preço da cruz. A mulher foi perseguida pelo dragão que queria devorar seu filho assim que nascesse (Ap 12,4). Essa mulher é imagem da Igreja perseguida porque tem como Senhor o Filho da Virgem Maria. O dragão do mal continua a perseguir o Filho. Não podendo contra Cristo, persegue a Igreja porque está gerando Cristo ao mundo. Mas a certeza que temos é que o Senhor Jesus vai “destruir todo o principado e todo poder e força... até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés” (1Cor 15,24-25). A Igreja é perseguida nesse momento da história. É sinal da vitória que terá.
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