A
Igreja celebra a Assunção de Maria ao Céu para ser um grande sinal. Esta festa
é oportunidade para a celebração de tantos nomes de Maria. Nenhum nome esgota
sua grandeza, mas todo nome carrega a simplicidade daquela que foi escolhida
como Mãe do Filho de Deus. Isabel foi a primeira a chamá-la de Mãe de meu
Senhor (nome dado a Deus – Kýrios). Maria reconhece a grandeza do dom: “Todas
as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Contudo, considera sua condição de
ser sempre servidora humilde. Ela sente que tudo foi por obra da pura
misericórdia de Deus. Essa misericórdia se estende de geração em geração. A
festa da Assunção não celebra só a grandeza de uma rainha, pois ela é Mãe de
Jesus, Rei do Universo, mas também a grandeza que está reservada a toda
humanidade, como rezamos no prefácio: “Aurora e esplendor da Igreja triunfante ela
é consolo e esperança para o povo ainda em caminho”. Ela é a primeira redimida
que, gloriosa, dá esperança a todo povo que caminha na alegria da fé. A
Assunção de Maria é como o resultado do grande dom de ser Imaculada por ter
sido concebida sem pecado e vivido sem pecado. Como tinha o Céu dentro de si,
era justo que partilhasse da gloriosa Ascensão do Filho. Não havia necessidade
de esperar o fim dos tempos para participar da ressurreição de todos, pois já
estava ressuscitada em sua concepção. Ela realiza a promessa de Jesus: “Quem
crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6,40).
Esperança da Humanidade
O
Espírito colocou em seu seio o Filho do Deus Bendito, Jesus, semente da nova
humanidade. Redimida pelo sacrifício da Cruz e pela vitória da Ressurreição, o
povo de Deus vê nela a realização das promessas. A Humanidade tem esperança pois
as portas do Céu estão abertas para todos. Ela é também modelo da caridade
humilde. Sobe apressadamente as montanhas da Judéia para ajudar sua prima
Isabel. Podemos entender que Isabel representa o Antigo Testamento que gestou a
vinda de Cristo. Maria, como parte do povo da antiga aliança corre ao encontro
para ajudá-lo a acolher o Messias que ela traz no ventre. O Filho dá o Espírito
a João que é o último profeta que veio para preparar para o Senhor um povo
perfeito (Oração da
missa de S. João Batista). A caridade de Maria se desenvolve no cuidado
da jovem Igreja que nasce em Pentecostes. Ela gerou os filhos da Redenção ao pé
da Cruz e os gera para o novo povo em Pentecostes. Amar Maria não é uma devoção
é uma conseqüência da fé em Jesus que se fez carne em seu seio. É reconhecer
que Deus quis habitar entre nós para nos dar sua vida, recebendo nossa vida de
Maria que O gerou, por obra do Espírito. O Espírito pode gerar Cristo em nós e
já o fez, pois já esteve em Maria em sua
geração carnal.
O
dragão perseguiu a Mulher
Pedimos
na oração da missa: “Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de
participarmos de sua glória”. Mas a glória tem o preço da cruz. A mulher foi
perseguida pelo dragão que queria devorar seu filho assim que nascesse (Ap 12,4). Essa mulher
é imagem da Igreja perseguida porque tem como Senhor o Filho da Virgem Maria. O
dragão do mal continua a perseguir o Filho. Não podendo contra Cristo, persegue
a Igreja porque está gerando Cristo ao mundo. Mas a certeza que temos é que o
Senhor Jesus vai “destruir todo o principado e todo poder e força... até que
ponha todos os inimigos debaixo de seus pés” (1Cor 15,24-25). A Igreja é perseguida nesse
momento da história. É sinal da vitória que terá.
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