Evangelho segundo São Mateus 14,13-21.
Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Batista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas, logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-no por terra.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes.
Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento».
Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer».
Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes».
Disse Jesus: «Trazei-mos cá».
Ordenou, então, à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois, partiu os pães e deu-os aos discípulos, e os discípulos deram-nos à multidão.
Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos.
Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
Tradução litúrgica da Bíblia
(1910-1997)
Fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Não há amor maior»
«Partiu os pães e deu-os aos discípulos,
e os discípulos deram-nos à multidão»
Simplicidade da nossa vida contemplativa: ela faz-nos ver o rosto de Deus em cada coisa, em cada ser, em toda a parte e sempre! E a sua mão, presente em cada acontecimento, faz-nos tudo realizar – a meditação e o estudo, o trabalho e a partilha, comer e dormir – em Jesus, com Jesus, por Jesus e à imagem de Jesus, sob o olhar amoroso do Pai, enquanto estivermos dispostos a recebê-lo sob qualquer forma de que Ele Se revista.
Maravilha-me o facto de, antes de comentar a Palavra de Deus, antes de anunciar as bem-aventuranças às multidões, Jesus, cheio de compaixão por elas, as ter curado e alimentado; só depois começou a ensiná-las.
Ama Jesus com generosidade, ama-O com confiança, sem olhar para trás, sem apreensões. Dá-te inteiramente a Jesus. Ele fará de ti um instrumento para realizar maravilhas, com a condição de que estejas infinitamente mais consciente do seu amor do que da tua fraqueza. Acredita nele, entrega-te nas suas mãos num ímpeto de confiança cega e absoluta, porque Ele é Jesus. Acredita que Jesus, e só Jesus, é a vida; aprende que a santidade não é senão esse mesmo Jesus vivendo intimamente em ti; então Ele será livre para fazer o que quiser contigo.

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