quinta-feira, 8 de julho de 2021

EVANGELHO DO DIA 8 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 10,7-15. Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o Reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça». Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II
(1920-2005) papa 
Alocução no encontro inter-religioso 
em Assis, 27/10/86 
(trad.©copyright Libreria Editrice Vaticana) 
«Desça a vossa paz sobre ela» 
Esta jornada em Assis ajudou-nos a ter mais consciência dos nossos compromissos religiosos. Mas também deu ao mundo, que nos olha através dos media, uma maior consciência da responsabilidade de cada religião pelos problemas da guerra e da paz. Talvez nunca na história tenha sido tão evidente para todos a relação intrínseca entre uma atitude religiosa autêntica e o grande bem que é a paz. Que peso terrível para os ombros humanos! Mas, ao mesmo tempo, que vocação maravilhosa e exaltante! Embora a oração já seja uma ação, não nos dispensa de trabalhar pela paz. Dessa forma, agimos como arautos da consciência moral da humanidade, que deseja a paz e precisa da paz. Não há paz sem um amor apaixonado pela paz. Não há paz sem uma vontade feroz de realizar a paz. A paz espera os seus profetas. Juntos, enchemos os olhos de visões de paz, que libertam energias para uma nova linguagem de paz, para novos gestos de paz, que quebrem as correntes fatais das divisões herdadas da história ou geradas pelas ideologias modernas. A paz espera os seus construtores. Estendamos a mão aos nossos irmãos e às nossas irmãs, encorajando-os a construírem a paz sobre os quatro pilares da verdade, da justiça, do amor e da liberdade. A paz é um estaleiro aberto a todos e não apenas aos especialistas, aos sábios e aos estrategas. A paz é uma responsabilidade universal, que passa por mil pequenos atos da vida quotidiana: pela sua forma quotidiana de viverem com os outros, os homens fazem a sua escolha pela paz ou contra a paz. Devemos continuar a fazer em cada dia da nossa vida o que fizemos hoje em Assis: rezar e dar testemunho do nosso compromisso com a paz. Porque o que fizemos hoje é vital para o mundo. A oração é essencial para o mundo continuar a existir, para os homens e as mulheres nele sobreviverem.

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