terça-feira, 11 de abril de 2023

EVANGELHO DO DIA 11 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 20,11-18. 
Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!». Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta
Monja beneditina(1256-1301)
Arauto do Amor Divino, Livro IV, SC 255
Consolação e alegria no Senhor 
Quando líamos no Evangelho, a propósito da bem-aventurada Maria Madalena: «Debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco», etc., Gertrudes disse ao Senhor: «Onde está, Senhor esse túmulo para onde devo olhar, para nele encontrar consolação e alegria?». Então, o Senhor mostrou-lhe a chaga do lado. E quando ela se debruçou para o seu interior, em lugar de ver dois anjos, apreendeu duas palavras. A primeira era: «Nunca serás separada da comunhão comigo»; e a outra: «Todas as tuas obras Me agradam de forma absolutamente perfeita». Estupefacta e cheia de dúvidas, ela interrogava-se como podia ser assim; com efeito, sentia-se tão imperfeita em todas as coisas que o conjunto das suas obras não podia agradar a nenhum homem do mundo, por causa dos defeitos escondidos que nelas descobria de vez em quando. Como poderiam elas ter agradado a este conhecimento infinitamente luminoso que encontra, por assim dizer, mil defeitos onde o homem, cego, mal consegue ver um só? O Senhor respondeu-lhe: «Suponhamos que tens um objeto na mão. Podendo facilmente torná-lo melhor, desde que tenhas vontade de o fazer, e, desse modo, torná-lo agradável a todos, deixarias de o fazer? O mesmo vale para Mim. Tendo tu o hábito de Me confiar muitas vezes as tuas obras, Eu tenho-as, por assim dizer, na mão; como o facto de ser todo poderoso Mo permite, e a minha inescrutável sabedoria Me capacita, aprazo-Me, na minha bondade, em melhorar todas as tuas obras, de tal sorte que possa comprazer-me nelas, Eu e todos os habitantes do Céu».

Nenhum comentário:

Postar um comentário