segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

REFLETINDO A PALAVRA - “O Cuidado da Casa Comum”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
1672. Acolhendo uma palavra forte 
Quando eleito, Papa Francisco deu uma nota clara para seu pontificado, isto é, sua missão de ser o chefe da Igreja Católica a serviço do mundo. A escolha do nome já foi um susto, pois não havia Papa com esse nome. Quando é eleito perguntam-lhe: “Que nome escolhe para si?” Normalmente tomam um nome já usado por outros papas com o número da série, por exemplo: João XXIII. Ele escolheu Francisco para indicar sua missão de busca da simplicidade e cuidado com os pobres. Esperamos que com ele terminem os papas reis. Suas principais preocupações são os pequenos e pobres, o que já é conhecido de todos. Ele é muito amado também fora da Igreja. Ele nos ofereceu uma orientação sobre a evangelização que refletimos longamente chamada Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho). Agora vamos refletir sobre as questões quentes do momento que é o aquecimento global, clima, ecologia. Parece não ser um assunto religioso, mas é profundamente coerente com a fé e a vida de Igreja, pois dele depende o futuro bom para todas as pessoas. Ele nos deu um documento com o nome Laudato Si, que quer dizer Louvado seja Deus. Esse nome ele o tirou do canto das criaturas de S. Francisco. Mais uma vez S. Francisco domina o panorama. Este ensinamento do Papa impressionou muito o mundo. Mesmo pessoas que não são da Igreja e instituições acolheram-no e elogiaram muito. Quem não gostou foram os donos do poder do mundo que o estão destruindo para ganhar mais dinheiro. Esses disseram que o Papa não tem conhecimento da realidade. Tem até mais que eles que só pensam no dinheiro e no poder. O Papa pensa nas pessoas, sobretudo os pobres. Em seu discurso na ONU foi muito aplaudido. Vimos recentemente a Conferência sobre o clima cujas decisões foram elogiadas pelo Papa. 
1671. Alguns traços para iniciar 
Para falar desse assunto é preciso ser mais instruído, pois o tema é profundo. Então, vamos aprender juntos. Vamos enfrentar o documento. Se ao menos chegamos à conclusão que temos que aprender mais, a reflexão já deu frutos. Desde o início de seu pontificado o Papa Francisco tem, com frequência, falado sobre o meio ambiente e sobre a responsabilidade do homem diante da criação. Em sua reflexão vai além do cuidado com a natureza e diz que a pessoa humana está em perigo. A ganância por maiores bens leva as pessoas a descartarem a natureza e as pessoas. Papa Francisco crê que a cultura do encontro e a solidariedade são caminhos de solução. E se desilude com a falta de atitudes para a solução dos problemas do mundo.
1674. Um novo modo de viver 
Francisco apresentou a vocação de cuidar da criação. “Queria pedir a quantos ocupam cargos de responsabilidade e a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos ‘guardiões’ da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”. Disse também: “Pequenos, mas fortes no amor de Deus, como São Francisco de Assis, todos os cristãos são chamados a tomar conta da fragilidade dos povos do mundo no qual vivemos”. Assim, “à primeira criação devemos responder com a responsabilidade que o Senhor nos dá: ‘A terra é vossa, ocupai-vos dela’; deixai que cresça!”. Por conseguinte, “também nós temos a responsabilidade de fazer crescer a terra e de fazer crescer a criação. Nós somos senhores da criação, não donos. Toda boa mudança vem debaixo para cima. Façamos nossa parte.

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