PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
1672. Acolhendo uma palavra forte
Quando eleito, Papa Francisco deu uma nota clara para seu pontificado, isto é, sua missão de ser o chefe da Igreja Católica a serviço do mundo. A escolha do nome já foi um susto, pois não havia Papa com esse nome. Quando é eleito perguntam-lhe: “Que nome escolhe para si?” Normalmente tomam um nome já usado por outros papas com o número da série, por exemplo: João XXIII. Ele escolheu Francisco para indicar sua missão de busca da simplicidade e cuidado com os pobres. Esperamos que com ele terminem os papas reis. Suas principais preocupações são os pequenos e pobres, o que já é conhecido de todos. Ele é muito amado também fora da Igreja. Ele nos ofereceu uma orientação sobre a evangelização que refletimos longamente chamada Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho). Agora vamos refletir sobre as questões quentes do momento que é o aquecimento global, clima, ecologia. Parece não ser um assunto religioso, mas é profundamente coerente com a fé e a vida de Igreja, pois dele depende o futuro bom para todas as pessoas. Ele nos deu um documento com o nome Laudato Si, que quer dizer Louvado seja Deus. Esse nome ele o tirou do canto das criaturas de S. Francisco. Mais uma vez S. Francisco domina o panorama. Este ensinamento do Papa impressionou muito o mundo. Mesmo pessoas que não são da Igreja e instituições acolheram-no e elogiaram muito. Quem não gostou foram os donos do poder do mundo que o estão destruindo para ganhar mais dinheiro. Esses disseram que o Papa não tem conhecimento da realidade. Tem até mais que eles que só pensam no dinheiro e no poder. O Papa pensa nas pessoas, sobretudo os pobres. Em seu discurso na ONU foi muito aplaudido. Vimos recentemente a Conferência sobre o clima cujas decisões foram elogiadas pelo Papa.
1671. Alguns traços para iniciar
Para falar desse assunto é preciso ser mais instruído, pois o tema é profundo. Então, vamos aprender juntos. Vamos enfrentar o documento. Se ao menos chegamos à conclusão que temos que aprender mais, a reflexão já deu frutos. Desde o início de seu pontificado o Papa Francisco tem, com frequência, falado sobre o meio ambiente e sobre a responsabilidade do homem diante da criação. Em sua reflexão vai além do cuidado com a natureza e diz que a pessoa humana está em perigo. A ganância por maiores bens leva as pessoas a descartarem a natureza e as pessoas. Papa Francisco crê que a cultura do encontro e a solidariedade são caminhos de solução. E se desilude com a falta de atitudes para a solução dos problemas do mundo.
1674. Um novo modo de viver
Francisco apresentou a vocação de cuidar da criação. “Queria pedir a quantos ocupam cargos de responsabilidade e a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos ‘guardiões’ da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”. Disse também: “Pequenos, mas fortes no amor de Deus, como São Francisco de Assis, todos os cristãos são chamados a tomar conta da fragilidade dos povos do mundo no qual vivemos”. Assim, “à primeira criação devemos responder com a responsabilidade que o Senhor nos dá: ‘A terra é vossa, ocupai-vos dela’; deixai que cresça!”. Por conseguinte, “também nós temos a responsabilidade de fazer crescer a terra e de fazer crescer a criação. Nós somos senhores da criação, não donos. Toda boa mudança vem debaixo para cima. Façamos nossa parte.
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