quarta-feira, 2 de julho de 2014

HISTORIA DO MEDALHÃO - 2

II - CRESCE A DEVOÇÃO 
A devoção ao Divino Pai Eterno foi se espalhando pelos povoados. Os romeiros acorriam pressurosos até Barro Preto como os pastores acorreram para Belém. O canto plangente dos carros de boi levando os devotos para ver o Divino Padre Eterno, ecoava ao longe no silêncio do sertão. Muitos traziam as “tralhas” para armar sua barraca ao redor da capelinha. O arraial formigava de gente. Já era tempo de convidar o padre. O velho Pe. Basílio, vigário de Campininha das Flores, começou a atender os fiéis no primeiro domingo do mês de julho. Essa data foi virando dia de festa. Não tardaram as graças e os milagres. Assim começou a devoção. Assim começou a romaria. Deus se serve dos pequenos para realizar grandes obras. 
III. - O MEDALHÃO É SUBSTITUIDO 
A capelinha não podia comportar os fiéis que acorriam de todos os lados. Quase não se podia distinguir o sagrado medalhão no meio daquela profusão de flores e velas. Era preciso retocar o medalhão, fazer uma cópia, para ser visto de longe. Constantino levou-o para o famoso escultor Veiga Vale, residente em Pirenópolis, situado há mais de cem quilômetros. O escultor achou melhor esculpir uma imagem e não mais um medalhão. Modelou cada Pessoa da Santíssima Trindade e a Virgem Maria no centro, no momento em que estava sendo coroada pelas Três Pessoas divinas, Pai, Filho e Espírito Santo. No prazo marcado Constantino foi buscar a encomenda. Gostou da idéia do escultor. O preço, porém, não era mais o mesmo. O dinheiro que levou, não foi suficiente. Diz a tradição que ele completou o pagamento, deixando lá seu cavalo com os arreios, e voltou a pé. A duas léguas de Barro Preto Constantino mandou recado para que viessem receber a imagem. O encontro aconteceu no alto de uma capoeira, nas imediações do bairro das Bruacas. Muitos vivas! Muito foguetório. Caminhando e cantando, entraram na casinha da oração. (continua)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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