sábado, 16 de março de 2024

EVANGELHO DO DIA 16 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 7,40-53. 
Naquele tempo, alguns que tinham ouvido as palavras de Jesus diziam no meio da multidão: «Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?». Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus. Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém Lhe deitou as mãos. Então, os guardas do Templo foram ter com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus e estes perguntaram-lhes: «Porque não O trouxestes?». Os guardas responderam: «Nunca ninguém falou como esse homem». Os fariseus replicaram: «Também vos deixastes seduzir? Porventura acreditou nele algum dos chefes ou dos fariseus? Mas essa gente, que não conhece a Lei, está maldita». Disse-lhes Nicodemos, aquele que anteriormente tinha ido ter com Jesus e era um deles: «Acaso a nossa Lei julga um homem sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz?». Responderam-lhe: «Também tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia nunca saiu nenhum profeta». E cada um voltou para sua casa. Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno (540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Livro XI, SC 212 
«Se ele prender alguém, ninguém lhe abrirá a porta» (Jb 12,14) 
«Se ele destruir, ninguém poderá construir; se ele fechar, ninguém poderá abrir» (Jb 12,14). Deus Todo-Poderoso destrói o coração do homem quando o abandona e constrói-o quando o enche. Deus não destrói a alma do homem lutando, mas retirando-Se: entregue a si mesma, a alma está perdida. Por isso, quando, em castigo pelos seus pecados, a graça de Deus omnipotente não enche o coração de um ouvinte, é em vão que o pregador tenta instruí-lo do exterior, pois toda a boca que fala é muda se Aquele que inspira as palavras que ressoam não gritar no fundo do coração. E não deve espantar-nos que um coração réprobo não ouça o pregador, quando o próprio Senhor, quando fala, encontra por vezes a resistência de uma existência perversa. Job acrescenta, e com razão: «Se ele prender alguém, ninguém lhe abrirá a porta». Quando um homem se comporta mal, constrói para si próprio uma prisão na sua consciência, de modo que o seu coração o acusa, mesmo que de fora não lhe venha nenhuma acusação. Porque, quando a justiça de Deus o abandona à cegueira da sua maldade, o homem fica como que fechado dentro de si mesmo, sem encontrar um meio de fuga que não merece encontrar. Com efeito, é frequente vermos pessoas que desejam escapar à perversidade dos seus atos, mas que, por estarem ao mesmo tempo esmagadas sob o peso desses atos, fechadas numa prisão de hábitos culposos, não conseguem fugir de si próprias.

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