Guilherme nasceu na Baviera, possivelmente por volta de 1030 e nada mais se sabe sobre suas origens.
Como oblato, aos cuidados dos beneditinos, foi educado como monge na Abadia de Santo Emerão, uma igreja privada do bispo de Ratisbona, onde foi aluno do famoso Otlo de Santo Emerão. Acredita-se geralmente que foi lá que Guilherme ficou amigo de Ulrico de Zell, outro grande reformador dos mosteiros e santo, uma amizade que duraria até o fim de sua vida.
Também na abadia, por volta de meados século XI, Guilherme escreveu tratados sobre astronomia e música, e seu conhecimento era considerado insuperável em sua época.
No campo da astronomia, construiu diversos instrumentos, incluindo o relógio de sol que mostrava as variações dos corpos celestes, solstícios, equinócios e outros fenômenos siderais. Seu famoso astrolábio de pedra ainda está em Ratisbona: com mais de 2,5 metros de altura, traz gravado na frente uma esfera astrolábica e no verso a figura de um homem observando o céu, que se presume ser o astrônomo e poeta grego Arato de Solos (século III a.C.).
Na música, além de ser considerado um músico habilidoso, fez várias melhorias no desenho da flauta.
Em 1069 foi chamado a Hirsau para suceder ao deposto abade Frederico, e uma vez que assumiu o mosteiro não aceitou receber a bênção abacial até a morte do seu predecessor que aconteceu em 1071.
Em seus primeiros anos no cargo, perseguiu o objetivo de tornar a abadia independente dos poderes seculares baseando-se nas reformas já implementadas na Abadia de Gorze, no Ducado da Lorena, e em Cluny.
Sob seu governo a abadia de Hirsau conheceu um belíssimo florescimento, tanto com as vocações quanto pelas novas fundações: sete ao todo na região de Württemberg. Introduziu a regra cluniacense e o número de sacerdotes passou de 15 para mais de 150.
Foi o primeiro a introduzir nos mosteiros beneditinos alemães os irmãos leigos. Guilherme foi chamado a Roma e recebeu o apoio do Papa Gregório VII.
São Guilherme morreu em 5 de julho de 1091.
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