domingo, 17 de junho de 2018

Beata Maria Teresa Scherer, Religiosa - 16 de junho

     Madre Maria Teresa, nasceu em 31 de outubro de 1825, em Meggem (Lago dos Quatro Cantões), Suíça. Era a quarta de sete filhos da família Scherer-Sigrist. Seus pais eram humildes camponeses e bons cristãos. Foi batizada com o nome de Ana Maria Catarina.  Aos sete anos ficou órfã de pai, indo viver com os tios maternos, dos quais um era seu padrinho.
     Por desejo de sua mãe, aos dezesseis anos entrou no Hospital Regional de Lucerna para completar sua preparação doméstica. O início ali foi muito difícil para a jovem cheia de espontaneidade, contudo, mais tarde ela escreveu sobre aquela época: “a graça venceu”. Aos 17 anos foi admitida na Ordem Terceira Secular de São Francisco, em seu tempo um prodígio para alguém daquela idade, e na Associação das Filhas de Maria.
     Durante uma peregrinação à Einsiedeln se sentiu chamada para a vida religiosa. Em 1 de março de 1845, a jovem alegre e determinada ingressou no Instituto das Religiosas do Ensino de Menzingen, fundada pouco tempo antes pelo Capuchinho Frei Teodósio Florentini.
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     A comunidade que recebeu a jovem Catarina era formada pelas Irmãs Bernarda, a Superiora, Irmã Cornélia, a responsável pelas candidatas, e Irmã Feliciana. De Frei Teodósio ela recebeu as vestes de noviça no dia 6 de junho de 1845 e no dia 27 do mesmo mês a Superiora, Irmã Bernarda deu-lhe o novo nome, passando então a chamar-se, Irmã Maria Teresa.
     Os primeiros votos foram marcados por Frei Teodósio para o dia 27 de outubro de 1845 e foram feitos no Convento das Irmãs Cistercienses de Wurmsbach, na Diocese de Coira. Ela com as outras companheiras foram para lá a pé, levando consigo os hábitos e os véus recém preparados, além do manuscrito da fórmula de Profissão. Quando a cerimônia terminou, Irmã Maria Teresa recebeu sua primeira missão: deveria ir para Galgenen com Irmã Feliciana. Lá daria aulas nas classes primárias.
     Um ano depois foi enviada a Baar e em seguida a Oberägeri, como professora e superiora em ambas comunidades. Foi um período de dúvidas e dificuldades que superou com uma ascese austera e a obediência a seu diretor espiritual. Em 1850 o Pe. Teodoro chamou-a a Näfels, para que dirigisse o hospital dos pobres e órfãos. Ali a beata é pela primeira vez conhecida como a ‘mãe dos pobres’. Nesse mesmo ano o Pe. Teodósio fundou em Coira um pequeno hospital e o entregou à direção de Irmã Maria Teresa. Ela aceitou, convencida de que o carisma do fundador abarcava o aspecto escolar-educativo e o caritativo.
     Em 1856 as Religiosas do Ensino se separaram do fundador para continuar seu apostolado educativo independente. Irmã Maria Teresa sofreu muito com isto; rezou, se aconselhou, e finalmente compreendeu que Deus desejava que ela se ocupasse no futuro das obras de misericórdia espirituais e corporais.
     Em 1857 foi eleita superiora geral das religiosas a serviço da escola e dos pobres. Ao lado do Pe. Teodósio dirigiu o instituto das Religiosas da Caridade da Santa Cruz, que progrediu rapidamente.
     Em Ingenbohl chegavam continuamente pedidos de religiosas que se ocupassem dos pobres e dos órfãos, do serviço das casas de correção e dos lazaretos. Eram tarefas árduas, porém estavam em sintonia com o pensamento de Madre Maria Teresa. Abriu hospitais e escolas especializadas para inválidos, porém ela não gostava de ver as religiosas como responsáveis de empresas, o que criou tensões com o fundador.
     Estava persuadida que a intenção do Pe. Teodósio era resolver a questão operária com justiça e solidariedade, e por isso o ajudou em tudo que fosse possível, e permaneceu fiel ao seu espírito após sua morte, ocorrida em 15 de fevereiro de 1865.
     Não apenas recebeu sua herança espiritual com também a material, tendo que trabalhar, ela e suas irmãs, durante anos para saldar as dívidas que o Pe. Teodósio havia contraído em seu apostolado social. Lutou para salvar as constituições que ele havia dado ao instituto, ainda que a custo de opor-se ao zelo reformador de seus sucessores. A Madre Maria Teresa era a regra viva, porém poucos anos antes de sua morte foi criticada pelo modo de guiar a congregação e de observar a pobreza. Foi caluniada e suportou grandes sofrimentos físicos, que não a impediram de realizar numerosas viagens para animar suas filhas e orientá-las a viver segundo o espírito do fundador.
     Mantendo sempre a esperança e a fé, Madre Maria Teresa morreu em 16 de junho de 1888 no convento de Ingenbohl com fama de santidade, após um sofrimento doloroso assumido com paciência. O instituto já contava com 1.689 religiosas.
     Em 29 de outubro de 1995, o Papa João Paulo II beatificou Madre Maria Teresa, mãe dos pobres. Incontáveis são as pessoas que a invocam cheias de confiança e que pela intercessão dela alcançam graças, recebendo novo ânimo e ajuda.
Dados tomados de L'Osservatore Romano, edição semanal em língua espanhola, de 27-X-1995

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