PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa Venerável Padre Pelágio CSsR |
Em 1734, durante as guerras de independência da Córsega – na aldeia de Romanacce, sujeita a Oletta, um certo Michel Bartolo, que guardava em sua casa uma imagem da Virgem Maria, presente recebido de alguém (...). Michel foi um patriota ardente. Sua casa servia de refúgio para ousados mensageiros que traziam notícias de outros lados, no momento em que se lutava contra os genoveses.
Na Sexta-feira Santa do ano de 1734, a esposa de Michel, mulher muito devota, estava ocupada em amassar, como era de costume na Córsega, os doces destinados à festa da Páscoa. E, de acordo com o belo costume, ela rezava enquanto trabalhava. De repente, durante o trabalho, a senhora ouviu seu nome pronunciado com força, como se fosse um apelo urgente:
-“Maria!”
Ela se virou, sobressaltada, não viu ninguém, e retomou ao trabalho, sem entender o que estava acontecendo. Mas uma nova chamada ecoa:
-“Maria!"
E continua:
-Seu filho está se queimando!
Maria correu até o berço onde dormia o filho, aos pés de um quadro de Nossa Senhora.
Uma única laje de pedra da lareira colocada no meio do quarto havia deslizado, e o fogo já estava alcançando o bercinho. A mãe pegou o filho, abraçou-o, apertou-o entre os braços, e no auge da emoção, depois de apagar aquele início de incêndio, caiu de joelhos diante da Mãe de Deus! Em sua mente, nenhuma dúvida! Foi a Virgem Santa que salvou o seu filho! E, enquanto contemplava com amor a imagem de Maria, qual não foi a sua surpresa ao ver que uma torrente de lágrimas inundava o rosto de Nossa Senhora. Maria, para se certificar do que via, apoiou o dedo sobre a tela e seu dedo deixou uma impressão digital, uma marca que ainda pode ser vista nos dias de hoje! - (L. Cristiani, Maria Rainha da Córsega em: Maria – estudos sobre a Virgem Maria –sob a direção de Hubert du Manoir, S. J. – Volume IV, 1956)
Nenhum comentário:
Postar um comentário