Evangelho segundo S. Marcos 7,1-13.
Naquele
tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que
tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam
com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. – Na verdade, os fariseus e os
judeus em geral só comem depois de lavar cuidadosamente as mãos, conforme a
tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se
terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição,
como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre –. Os fariseus e os
escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição
dos antigos, e comem sem lavar as mãos?». Jesus respondeu-lhes: «Bem
profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo
honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto
que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos
homens». Jesus acrescentou: «Sabeis muito bem desprezar o mandamento de
Deus, para observar a vossa tradição. Porque Moisés disse: ‘Honra teu pai e
tua mãe’; e ainda: ‘Quem amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe deve morrer’. Mas
vós dizeis que se alguém tiver bens para ajudar os seus pais necessitados, mas
declarar esses bens como oferta sagrada, nesse caso fica dispensado de
ajudar o pai ou a mãe. Deste modo anulais a palavra de Deus com a tradição
que transmitis. E fazeis muitas coisas deste género».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997),
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Oração: Procurar o Coração de
Deus, com o Irmão Roger
Permitir que o amor de Deus tome inteira e
absoluta posse de um coração; que se torne, para esse coração, como que uma
segunda natureza; que o coração nada deixe entrar em si que seja contrário a
ele; que se aplique continuamente a fazer aumentar este amor de Deus, procurando
agradar-Lhe em tudo, não Lhe recusando nada do que pede; que aceite como vindo
das mãos de Deus tudo quanto lhe acontece.
O conhecimento de Deus produz
o amor, e o conhecimento de si, a humildade. A humildade nada mais é do que a
verdade: «Que tens tu que não hajas recebido?», pergunta São Paulo (1Cor 4, 7).
Se tudo recebi, que bem tenho que o seja por mim mesma? Convencidos disso,
jamais ergueremos a cabeça de orgulho. Se formos humildes, nada nos perturbará,
nem o louvor nem o opróbrio, porque sabemos o que somos. Se nos acusarem, não
nos sentiremos desencorajados. Se nos proclamarem santos, não nos colocaremos
sobre um pedestal. O conhecimento de nós próprios leva-nos a pormo-nos de
joelhos.
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