domingo, 17 de janeiro de 2016

O MISSIONÁRIO, A SERPENTE E... MARIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Foi em terras de missão na Birmânia. O padre missionário saíra bem cedo para visitar os enfermos. Tinha que atravessar uma floresta. O caminho era estreito. O cachorro que acompanhava o missionário, ziguezagueava alegremente, farejando cada palmo da trilha.O padre, absorto na reza do terço, não viu uma serpente, a terrível boa, enrolada nos galhos da uma árvore. Teve tempo apenas de invocar o nome de Maria. A serpente já o apertava enrodilhando-se no seu pescoço. O cachorro, vendo seu dono em perigo, sai correndo como uma flecha no rumo da aldeia. Chega ofegante à casa do catequista, agarra-o com os dentes e faz menção de carregá-lo. Paulo pressente alguma tragédia, segue o cachorro que retoma a corrida na direção da floresta. Por vezes ladra angustiadamente, como que pedindo ao catequista que apresse o passo. Chegaram. Lá está o padre preso entre os anéis da serpente. Os birmanês sempre leva consigo um grande facão. Com um só talho corta a cabeça da ‘boa” feroz. Afrouxam-se os anéis que asfixiavam o missionário. Paulo aplica-lhe a respiração artificial enquanto o cachorro lambe carinhosamente o seu dono. Por fim o padre abre os olhos e volta a si. O catequista lhe diz: 
- Seu padre, foi um milagre. Pelo tempo que eu demorei, o senhor poderia ter morrido vinte vezes. (Do livro: 365 dias, 365 histórias).

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