sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

EVANGELHO DO DIA - 10 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 7,31-37. 
Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro e, passando por Sidónia, veio para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar e suplicaram-Lhe que impusesse as mãos sobre ele. Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e com saliva tocou-lhe a língua. Depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «Abre-te». Imediatamente se abriram os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua e começou a falar corretamente. Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém. Mas, quanto mais lho recomendava, tanto mais intensamente eles o apregoavam. Cheios de assombro, diziam: «Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os mudos falem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI 
Papa de 2005 a 2013 
Discurso aos seminaristas 17/02/2007 
(trad. ©libreria Editrice Vaticana) 
«Oxalá ouvísseis hoje a sua voz»(Sl 94,7) 
Como podemos discernir a voz de Deus entre as mil vozes que ouvimos todos os dias neste nosso mundo? Diria: Deus fala connosco de modos muito diferentes. Fala através de outras pessoas, através dos amigos, dos pais, do pároco, dos sacerdotes. Fala por meio dos acontecimentos da nossa vida, nos quais podemos discernir um gesto de Deus; fala também através da natureza, da criação, e fala, naturalmente e sobretudo, na sua Palavra, na Sagrada Escritura, lida na comunhão da Igreja e pessoalmente, em diálogo com Deus. É importante ler a Sagrada Escritura, por um lado de modo muito pessoal, e realmente, como diz São Paulo, não como palavra de um homem ou como um documento do passado, como lemos Homero ou Virgílio, mas como uma Palavra de Deus que é sempre atual e fala comigo; aprender a ouvir um texto que é, historicamente, do passado mas que é a Palavra viva de Deus; ou seja, entrar em oração, e fazer da leitura da Sagrada Escritura um diálogo com Deus. Santo Agostinho diz com frequência nas suas homilias: «Bati várias vezes à porta desta Palavra, até que pude compreender o que o próprio Deus me dizia». Por um lado, esta leitura muito pessoal, este diálogo pessoal com Deus, no qual procuro o que o Senhor me diz; e, juntamente com esta leitura pessoal, é muito importante a leitura comunitária, porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura é o Povo de Deus, é a Igreja.

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