Evangelho segundo São Marcos 6,1-6.
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-no.
Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos?
Não é Ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?». E ficavam perplexos a seu respeito.
Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa».
E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos.
Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.
Tradução litúrgica da Bíblia
Papa, doutor da Igreja
Livro XIV
O nosso Redentor foi um desconhecido
«Sou um desconhecido aos seus olhos» (Jb 19,15).
Não ser conhecido na sinagoga era, para o nosso Redentor, estar em sua casa como quem está de passagem. É o que atesta o Profeta com aquelas palavras: «Porque te comportas nesta terra como um estrangeiro, como um viajante que apenas para a pedir dormida?» (Jr 14,8).
Visto que Ele não foi escutado como Senhor, não foi tido como proprietário da terra, mas como jornaleiro. E, como um viajante, parou apenas para pedir dormida: não levou para a Judeia senão alguns homens e foi por causa da vocação dos gentios que fez essa viagem.
Portanto, Ele foi, a seus olhos, alguém que está de passagem, visto que, pensando apenas naquilo que conseguiam ver, eles foram incapazes de discernir no Senhor o que não lhes era possível ver. E, desprezando a sua carne visível, não alcançaram a sua invisível majestade. É razão para dizer : «Sou um desconhecido aos seus olhos».
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