domingo, 5 de junho de 2022

EVANGELHO DO DIA 5 DE JUNHO

Evangelho segundo São João 14,15-16.23b-26. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Respondeu-lhe Jesus: «Quem Me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama, não guarda a minha palavra. Ora, a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas enquanto estava convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bernardo(1091-1153) 
Monge cisterciense,doutor da Igreja
1.º Sermão para o Pentecostes, 1-2 
«Eu pedirei ao Pai, que vos dará 
outro Paráclito» 
Não há nada tão manso ou suave em Deus como o seu Espírito Santo; Ele é a própria bondade de Deus; Ele é Deus. Ao princípio – era necessário que assim fosse –, o Espírito invisível manifestou a sua vinda através de sinais visíveis. Mas hoje, quanto mais espirituais são os sinais, mais convenientes são e mais parecem dignos do Espírito Santo. Assim, Ele veio sobre os apóstolos sob a forma de línguas de fogo, a fim de que eles anunciassem a todos os povos palavras de fogo e que pregassem com língua de fogo uma lei de fogo. Que ninguém se queixe por o Espírito não Se nos manifestar da mesma forma. «A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum» (1Cor 12,7). Será necessário dizê-lo? — foi mais para nós do que para os apóstolos que esta manifestação teve lugar. Com efeito, de que lhes teria servido falar línguas estrangeiras se não fosse para converter os povos? Mas houve outra revelação que os tocou intimamente e ainda hoje é assim que o Espírito Se manifesta em nós. Ficou claro para todos que eles tinham sido revestidos da «força do alto» (Lc 24,49) porque, de um espírito tão medroso, passaram ter a uma grande segurança. Deixaram de fugir, deixaram de se esconder por receio; passaram então a empregar mais energia na pregação do que a que tinham empregado para fugir. Esta transformação foi obra do Altíssimo, como é claramente visível em Pedro, o príncipe dos apóstolos: se ontem se assustara à voz de uma criada (cf Mt 26,69), agora está inabalável diante das ameaças dos sumos-sacerdotes. «Os apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus» (At 5,41). No entanto, havia ainda pouco, ao levarem Jesus ao sinédrio, tinham-se posto em fuga e tinham-no abandonado. Quem poderia duvidar da vinda do Espírito de fortaleza, cujo poder invisível lhes iluminara os corações? Da mesma forma, o que o Espírito opera em nós presta testemunho da sua presença em nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário