domingo, 12 de junho de 2022

EVANGELHO DO DIA 12 DE JUNHO

Evangelho segundo São João 16,12-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Simeão o Novo Teólogo
(949-1022), monge grego 
Hino 21 
«Tudo o que o Pai tem é Meu» 
Tu brilhaste, manifestando como luz de glória a luz inacessível da tua essência, Salvador, e iluminaste esta alma mergulhada nas trevas. Alumiados pela luz do Espírito, os homens olham o Filho, veem o Pai e adoram a Trindade das Pessoas, o Deus único. 
Porque o Senhor [Cristo] é o Espírito (cf 2Cor 3,17), Espírito é também Deus, o Pai do Senhor, Verdadeiramente um só Espírito, pois é indiviso. Aquele que O possui, possui em verdade os três, mas distintamente cada um. O Pai existe e não é Filho, pois é ingerado por essência. O Filho não Se pode tornar Espírito, o Espírito é Espírito não pode ser Pai. 
O Pai é Pai, porque gera incessantemente. O Filho é Filho porque incessantemente é gerado e foi gerado antes de todos os tempos. Surgiu sem ser cortado da sua raiz, mas está simultaneamente à parte sem estar separado e inteiro e uno com o Pai vivo. Ele próprio é vida e a todos dá a vida (cf Jo 14,6; 10,28). Tudo o que o Pai tem, tem o Filho. Tudo o que o Filho tem, tem o Pai. Quando vejo o Filho, vejo o Pai. 
O Pai é semelhante em tudo ao Filho, salvo que um gera e o outro é incessantemente gerado. Como surge do Pai o Filho? Como a palavra sai do espírito. Como Se separa dele? Como a voz se separar da palavra. Como toma corpo? Como a palavra se escreve. 
Nomes, ações, expressões, tudo surgiu no mundo por ordem de Deus Porque Ele deu nome às suas obras e a cada realidade a designação devida. Mas, quanto ao seu próprio nome, jamais O conhecemos, chamamos-Lhe «Deus inexprimível», como dizem as Escrituras (cf Gn 32,30). Se Ele é inexprimível, se não tem nome, se é invisível, se é misterioso, se é inacessível, único acima de toda a palavra, acima de todo o pensamento, não apenas dos homens, mas também dos anjos, «fez das trevas o seu véu» (Sl 17,12). Tudo o mais aqui na Terra pertence às trevas; só Ele, como luz, está fora das trevas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário