Santa Juliana era natural de Nicomédia. Filha de pais abastados, viveu durante os anos de Maximiano. Seus pais eram pagãos e Juliana, por isso, mantinha em segredo sua fé cristã. Sem consultá-la, seus pais a prometeram em casamento a um idólatra membro do Senado de nome Eleusius. Juliana não pretendia casar-se e lhe disse então que não se casaria a menos que ele obtivesse uma alta posição no governo. E quando isto aconteceu, novamente lhe impôs uma condição: deveria renunciar a adorar os ídolos e converter-se à fé cristã. Eleusius comunicou então ao pai de Juliana, pedindo-lhe que intercedesse junto a filha. O pai tentou persuadi-la de abandonar sua fé. Eleusius, seu noivo, percebendo, porém que isto seria impossível, entregou-a ao governador para que fizesse valer o que ordenava as leis para esses casos. Este, diante de mais um fracasso, ordenou que Juliana fosse torturada. E, depois de lhe queimarem o rosto com um ferro quente, disseram-lhe: «Vá agora te olhar num espelho e orgulhar-te de tua formosura!»
Juliana, com voz serena, respondeu: «No dia da ressurreição, já não existirão feridas nos rostos, tão pouco queimaduras. Nesse dia, existirão apenas as feridas nas almas, causadas pelos pecados. Por isso, prefiro estas feridas agora em meu rosto, que são provisórias, às da alma, que serão eternas». E depois de suportar muitos tormentos a jogaram num forno. Pela graça de Deus, porém, o fogo se apagou ao contato com seu corpo. Ao presenciar este milagre cerca de quinhentos homens e cento e cinquenta mulheres creram em Cristo e, por sua fé, foram mortos por decapitação. Depois de suportar grandes sofrimentos impostos por múltiplas formas de torturas, Santa Juliana foi decapitada no ano 299.
Tradução e publicação neste site
com permissão de: Ortodoxia.org
Trad.: Pe. Pavlos/Pe. André
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