PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
Há dois limites da vida humana: As sombras da morte e a luz da vida. E nós vivemos neste vale de sombras, buscando uma luz que nos anime. As sombras da morte seguem o coração do homem e o deixam sempre sem saber por onde caminhar. A luz da vida aquela que o homem procura fora de si, encontra-se no seu interior. Ali, como diz Jesus, se houver trevas, serão as terríveis trevas. As grandes perguntas que fazemos em nossa vida são ligadas à angústia da dor, do sofrimento e do mal que nos rodeia. Por que existe tudo isso? E no acesso de desencanto e de revolta dizemos: Por que Deus não muda a situação? Por que existem os pequeninos inocentes que sofrem? Por que Deus deixa que isso aconteça? As respostas que necessitamos, podemos encontra-las em nós mesmos, quando vivemos da Luz. É isso que podemos encontrar nas leituras de hoje.
A leitura do evangelho fala-nos do confronto entre Jesus e os saduceus. Este grupo não acreditava na vida eterna. Então fazem um questionamento de um caso difícil: uma mulher casou-se com um homem. Ele morreu sem deixar filhos. E pela lei do levirato, seus irmãos, sucessivamente, casam-se com ela e morrem. No fim ela também morre. De quem vai ser a esposa na outra vida? Jesus responde que na ressurreição a coisas não são como neste mundo atual. Isso quer dizer: não podemos colocar os parâmetros da vida eterna baseados nos nossos. Lá ilumina a luz de Deus. Na ressurreição nós nos tornaremos verdadeiramente vivos. Para compreender a vida eterna, temos que entender com a luz da fé em Deus. Somente a fé em Deus fará com que compreendamos a vida que há em Deus.
E para viver a vida humana em direção à vida eterna, temos igualmente de viver à luz de Deus. Somente Ele nos faz entender as trevas do mundo e saber para onde caminha a vida. Somente a definição pela fé em Deus é que nos fará compreender o sentido da vida e superar as trevas. A palavra do Livro dos Macabeus apresenta-nos o caso da mãe e dos sete filhos condenados por não obedecerem ao rei que os obrigava a pecar contra a lei de Deus. A força de resistência ao mal é justamente sua fé na vida futura garantida por Deus. Agora os sofrimentos são muitos, mas passam. O mais jovem diz: “prefiro ser morto pelos homens, tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará. Mas para ti, ó rei, não haverá ressurreição para a vida”. A luz que lhe faz viver entre os tormentos lhe dá a vida, coisa que o rei não tem.
Assim é nossa vida: Se tivermos a fidelidade a Deus temos uma serenidade suficiente para viver o presente ancorados no futuro. Somente a fé em Deus pode orientar a vida presente. Isso podemos fazer também com a ajuda da oração que fazemos uns pelos outros.
(Textos: 2 Macabeus 7,1-29-14; 2 Tes 2,16-3,5; Lucas, 20,27-38)
11 DE NOVEMBRO DE 2001
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